INVESTIGAÇÃO

Comando de CPI defende condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho

Roberto Assis Moreira, irmão do ex-jogador, alegou que mau tempo em Porto Alegre impediu voo de Ronaldinho

Mais uma vez, Ronaldinho Gaúcho não compareceu ao depoimento na CPI das Criptomoedas -  (crédito:  Reprodução)
Mais uma vez, Ronaldinho Gaúcho não compareceu ao depoimento na CPI das Criptomoedas - (crédito: Reprodução)
Evandro Éboli
postado em 24/08/2023 11:22 / atualizado em 24/08/2023 11:23

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho não compareceu para depor na CPI das Criptomoedas da Câmara, que investiga operações fraudulentas na gestão de empresas que operam com essa modalidade, na manhã desta quinta-feira (24/8). O presidente da comissão, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que irá pedir condução coercitiva do depoente.

O depoimento de Ronaldinho estava marcado para a manhã desta quinta-feira, mas ele não compareceu. Seu irmão e empresário, o também ex-jogador Roberto Assis Moreira, chegou à CPI e será ouvido pelos deputados. Ele informou que o irmão teve "problemas de voo" e não conseguiu embarcar na noite de ontem de Porto Alegre (RS) para Brasília, por conta do mau tempo.

Áureo Ribeiro anunciou que, diante da ausência de Ronaldinho, irá requerer à Justiça sua condução coercitiva. Já o relator da CPI, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP) afirmou que será marcada nova data. Na última terça (22), o ex-atleta também era aguardado, mas não apareceu. 

"Esse argumento, de não ter voo, não é amparado pela lei. Por que não se antecipou? Vários voos ocorreram, inclusive nessa manhã (de Porto Alegre para Brasília). Compete recorrermos à Justiça sobre a condução coercitiva", disse o relator, alegando que o argumento do depoente não se justifica.

Parceiros de negócios

Os irmão seriam sócios da empresa 18K Ronaldinho, que atua com trading e arbitragem de criptomoedas. A empresa é acusada de não passar a custódia das moedas virtuais a seus clientes, que tinham a promessa de rendimentos de até 2% ao dia.

Ronaldinho e Assis conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus para permanecerem em silêncio. Em depoimento na CPI, o irmão do ex-jogador afirmou que eles nunca foram donos da 18K Ronaldinho e que ambos são vitimas de dois outros sócios dessa empresa. "Eles utilizaram o nome e a imagem do meu irmão sem autorização. Não autorizamos o uso de imagem nem o uso de exploração", disse.

"Nos chegou a informação do uso indevido da imagem do meu irmão na compra e venda de moedas digitais. Jamais fui contatado, nunca foi autorizada a 18K que usasse o nome do meu irmão", completou.

 

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