Depois de duas tentativas frustradas, e até com ameaça de condução coercitiva, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho compareceu para depor na CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara. O ex-atleta da seleção brasileira negou que tenha participado de negócios ilícitos envolvendo criptomoedas e que nunca fez propaganda induzindo às pessoas a adquirirem bitcoins. Ele afirmou que seu nome foi usado indevidamente em anúncios desse tipo de comércio e que é uma vítima de empresários mal-intencionados.
O ex-jogador da seleção contou que foi vítima de dois empresários, que usaram seu nome sem seu consentimento e que se restringiu, com a empresa 18K Ronaldinho, a fazer propaganda de relógios. "Nunca foi autorizado À 18K Ronaldinho Comércio a usar minha imagem e usar meu apelido na razão social da empresa. Fui vítima do Rafael e do Marcelo (empresários), que estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela policia. Usaram meu nome indevidamente", disse Ronaldinho, se referindo aos empresários Rafael Oliveira e Marcelo Lara. Ele anunciou que, agora, irá processá-los.
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Convocado na condição de testemunha, o ex-jogador obteve um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio, expediente que tem usado várias vezes, diante de algumas perguntas dos deputados.
O ex-atleta afirmou que os negócios e os contratos de publicidade e propaganda que estabeleceu durante toda sua carreira são de responsabilidade de seu irmão, o também ex-jogador Assis, que depôs semana passada Um dos parlamentares, Alfredo Gaspar (União-AL), perguntou a ele se foi seu irmão que sempre o colocou "nessas enrascadas". Ronaldinho ficou em silêncio. Aos deputados, ele negou que tenha descumprido chamado da CPI nas vezes anteriores e afirmou que não foi intimado pela comissão.
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