CONGRESSO NACIONAL

Relator acolhe ideia de Lira e cria reserva para mulheres nos legislativos

Antônio Rodrigues (PL-SP) reservou no seu texto 20% para as mulheres, mas a partir de 2024

O relator prevê a destinação para as mulheres de 20% das vagas destinadas a vereadores e deputados nas eleições, mas a partir de 2024 -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
O relator prevê a destinação para as mulheres de 20% das vagas destinadas a vereadores e deputados nas eleições, mas a partir de 2024 - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 19/09/2023 23:18

O deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) reapresentou nova versão de seu parecer da emenda constitucional que anistia os partidos políticos e inseriu no texto a previsão de reserva de vagas para mulheres nos legislativos do país, de Câmara de Vereadores, passando por Assembleias Legislativas e Câmara Distrital a Câmara dos Deputados.

O relator prevê a destinação para as mulheres de 20% das vagas destinadas a vereadores e deputados nas eleições, mas a partir de 2024. No caso da Câmara dos Deputados, esse percentual está muito próximo do que as vagas obtidas pelas mulheres na eleição do ano passado, que é de 17,7% das 513 cadeiras. A questão é que nos demais legislativos esse percentual não é atingido.

Rodrigues, ao incorporar essa novidade no seu parecer, acompanha uma ideia defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um defensor da reserva de vagas para mulheres parlamentares, com aumento gradativo dessa participação. Para Lira, seria uma forma de evitar a obrigatoriedade de 30% das candidaturas femininas nessas eleições proporcionais. O presidente da Câmara entende ser "mais salutar" garantir a participação das mulheres com essa progressão.

"É um avanço e há uma progressão para garantir mais diversidade no Parlamento, mas a resistência (dos deputados) se dá pelo mérito, a reserva de cadeiras gera resistência", declarou Lira na semana passada.
A emenda de Rodrigues será votada nesta quarta na comissão especial da Câmara. Há resistência à sua proposta da bancada feminina, que apoia a reserva, mas com percentuais mais generosos, com 15% já em 2024 e chegando a 30%, em todo o país, até 2036.

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