A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, negou envolvimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liberação do empréstimo de US$ 1 bilhão da Corporação Andina de Fomento (CAF) à Argentina.
À CNN, Tebet enfatizou que Lula não ligou para ela sobre o tema e que o despacho ocorreu com a secretária encarregada, que a informou que "os demais países votariam a favor”. "Lula não me ligou", afirmou a ministra. A informação foi confirmada ao Correio pela Secretaria de Comunicação Social (Secom).
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O caso veio a tona após a publicação de uma matéria da colunista Vera Rosa, do Estado de S. Paulo, afirmar que Lula tinha "urgência" para falar com Tebet no final de agosto e que teria sido ele quem pediu para a ministra autorizar o empréstimo a Argentina.
A liberação do empréstimo e, consequentemente, facilitação da renegociação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com a publicação, teria como intuito "barrar" o avanço de Javier Milei, nas eleições argentinas que ocorrem no final do mês, em favorecimento de Sergio Massa.
O que diz o Governo
Em nota, publicada pela Secom, o governo informa que o empréstimo de 1 bilhão de dólares feito pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) não teve intervenção de Lula e que ele também não conversou sobre o tema com Tebet, que é governadora do Brasil na CAF.
O texto frisa ainda que a decisão pelo empréstimo do CAF à Argentina foi aprovada em 28 de julho pela diretoria do banco formado pelos países membros. "O empréstimo foi aprovado com 19 votos dos 21 possíveis. O Brasil possui um voto, enquanto outros cinco países (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) possuem dois votos", diz um dos trechos da nota.
Também em resposta ao tema, o perfil do presidente Lula no X (antigo Twitter) republicou a postagem da CNN em que Tebet nega a ligação entre ela e Lula.
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