A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou, nesta semana, uma apuração sobre suspeita de violência política de gênero por parte do deputado federal Reinhold Stephanes (PSD-PR) que, em maio deste ano, chamou a deputada Dandara Tonantzin (PT-MG) de "louca" em sessão da Câmara. A denúncia foi enviada ao Ministério Público Federal (MPF) pela Secretaria da Mulher da Casa.
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Em 3 de maio, dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de fraude no registro de vacinação do SUS, a deputada Dandara Tonantzin discutia com outro parlamentar sobre o caso, e usou a expressão “adulterando o sistema SUS”. Reinhold Stephanes, então, saiu em defesa do ex-chefe do Executivo e respondeu: “Ele não adulterou, ele não fez isso, você que é louca”.
Em seguida, Dandara rebateu: “Não sou louca, sou professora e deputada federal”, disse. Segundo a Secretaria da Câmara, Stephanes feriu o Código Eleitoral e o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ao atacar a parlamentar. “A ação do deputado é eivada violência política de gênero, pois dirigida a uma mulher, jovem e negra, na tentativa de calá-la, descredibilizá-la e humilhá-la. É um comportamento lamentável, gravoso e reprovável”, diz a denúncia.
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