Combate à violência

GLO no Rio e em SP é golpe definitivo no crime organizado, diz Lula

O presidente disse, durante a live semanal, que o decreto de GLO nos portos e aeroportos é a possibilidade de acabar com o poder do crime

Fuzileiros embarcam em navio da Marinha, no Rio, para policiar os portos nas baías de Guanabara e de Sepetiba -  (crédito:  Marinha do Brasil/Divulgação)
Fuzileiros embarcam em navio da Marinha, no Rio, para policiar os portos nas baías de Guanabara e de Sepetiba - (crédito: Marinha do Brasil/Divulgação)
postado em 07/11/2023 11:50

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos aeroportos e portos do Rio de Janeiro e de São Paulo têm o objetivo de "definitivamente tirar o poder do crime organizado". A declaração foi dada na live semanal do presidente desta terça-feira (7/11).

“Estamos combinados com os governadores, estamos combinados com Polícia Federal, Marinha, Aeronáutica, Exército, com a Força Nacional, com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), vamos definitivamente tirar o poder da organização chamada crime organizado. Isso foi anunciado na semana passada, já está em funcionamento”, disse o presidente.

A operação, que empregará 3,7 mil militares das Forças Armadas, foi iniciada na segunda-feira (6) e deve durar por seis meses. A operação decretada por Lula é diferente de GLOs anteriores — que assumiram o comando das polícias estaduais, assumindo competências dos estados — já que esta estará limitada a áreas federais.

Além da operação no Rio e em São Paulo, a estratégia do governo é ampliar, com as Forças Armadas, o patrulhamento nas regiões de fronteira do Brasil com o Paraguai e com a Bolívia, atuando na apreensão do tráfico de drogas e armas desses países, medida que, na região até 150 km da fronteira, já está prevista na Constituição e independe da GLO.

O petista chegou a garantir dias antes que o instrumento não seria utilizado durante o seu governo. "Enquanto eu for presidente, não tem GLO", disse Lula durante um café com jornalistas no último dia 27.

As Forças Armadas vão atuar nos portos e aeroportos em conjunto com a Polícia Federal. Exército e Aeronáutica também vão ampliar a atuação nas fronteiras, em conjunto com PF e Polícia Rodoviária Federal, em especial no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul — segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, há ligação logística com as facções que atuam no Rio e em São Paulo. Paraná e Mato Grosso do Sul fazem fronteira com o Paraguai, por onde investigações apontam que entram armas de grosso calibre e drogas no Brasil.

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