Articulação

Padilha: qualquer tensão com o Congresso 'está absolutamente superada'

Ministro das Relações Institucionais negou, neste sábado (20/4), qualquer crise com os parlamentares, após ser alvo de farpas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, neste sábado (20/4), que haja algum tipo de crise entre o governo e o Congresso. “Qualquer dificuldade de relação, diálogo, está absolutamente superada”, disse o ministro à GloboNews, durante uma visita a um local que passará por obras do programa Minha Casa, Minha Vida Entidades, em São Paulo.

“Vamos repetir neste ano o sucesso da dupla governo federal e Congresso Nacional, que trouxe tantos ganhos para o país”, comentou ele.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), há algumas semanas, chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal”, ao ser questionado se a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, seria um indicativo de enfraquecimento da sua liderança na Casa.

“Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro ontem, a votação foi de cunho individual. Cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver (com influência)”, disse Lira, na época.

Na sexta (20), após mais um revés imposto ao governo pelo Congresso, desta vez com o Senado, Lula convocou uma reunião de última hora com seus líderes do Congresso e ministros palacianos.

Na última quarta (17), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina os salários de determinados setores do Judiciário, ameaçando as contas públicas que já se encontram apertadas.

Na saída, o líder na Câmara, José Guimarães (PT-CE), garantiu que a tensão entre Lira e Padilha não foi tratada no encontro e que o presidente Lula é quem vai resolver a questão. “Tem três palavras que eu resumiria: diálogo, paciência e capacidade política de articulação. Não está funcionando tranquilamente?”, opinou. Guimarães apontou que a relação do governo com Lira precisa de um “consertinho ali, consertinho acolá”, mas que, de um modo geral, não atrapalha na votação das matérias.

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