Manifestação

Malafaia chama Moraes de 'ditador' e critica Pacheco em ato pró-Bolsonaro

Segundo o pastor da Assembleia de Deus, Moraes estaria censurando liberdade de expressão e Pacheco seria "frouxo, covarde e omisso"

O pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato deste domingo (21/4) em defesa ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praia de Copacabana (RJ), não economizou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Citando os indiciamentos dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gilvan da Federal (PL-ES), por terem chamado o presidente Lula (PT) de ladrão, Malafaia chamou o inquérito das fake news, relatado por Moraes, como uma “aberração jurídica”. O pastor acusou o ministro do STF de ter criado o “crime de opinião”.

“A partir de março de 2019, Alexandre de Moraes assume o inquérito imoral e ilegal das fake news. Por que é imoral e ilegal? Porque ele (Moraes) é vítima, delegado, procurador, investigador e juiz. Uma aberração jurídica. E por que é ilegal? Porque não tem a participação do Ministério Público”, disse.

“Projeto de lei das fake news porcaria nenhuma. Projeto de censura apoiado pelo PT, pela esquerda e por Alexandre de Moraes”, declarou o pastor. “Em nenhuma nação democrática do mundo existe censura. (…) Esse jogo safado de querer controlar rede social é para impor uma ditadura do crime de opinião”, completou Malafaia.

O religioso questionou, ainda, quem teria colocado Moraes como “censor [sic] da democracia”. “Quem é você para dizer o que um brasileiro pode ou não falar?”

“Todo ditador tem um modus operandi. Prende alguns para colocar medo nos outros, para que ninguém o confronte. Todo ditador tem uma imprensa oficial. Sabem qual é a imprensa oficial? Vocês sabem porque a Globo é a imprensa oficial do ditador da toga Alexandre de Moraes?”, perguntou aos apoiadores.

Malafaia citou os presos pelos ataques de 8 de janeiro do ano passado por atacar os prédios-sede dos Três Poderes, e alegou que Moraes “rasgou a Constituição” quando condenou os envolvidos pela invasão e depredação dos prédios e criticou que fossem julgados pelo STF.

O religioso aliado de Bolsonaro não poupou também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o chamou de “frouxo, covarde e omisso”. “O senhor presidente do senado, Rodrigo Pacheco, até aqui, frouxo, covarde, omisso. Rodrigo Pacheco envergonha o honrado povo mineiro que o elegeu”, criticou. Silas condenou que o senador não tenha tomado alguma atitude contra Moraes.

O pastor também afirmou em seu discurso que faria “denúncias gravíssimas”. Para o pastor da Assembleia de Deus, chamar o documento encontrado na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, de minuta do golpe foi “safadeza”, a “maior fake news da história política do Brasil” e que teria sido “capitaneada pelo grupo Globo”.

O documento encontrado em uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), no início do ano passado, abordava a instituição da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), do estado de defesa e do estado de sítio. Malafaia frisou que as medidas são previstas na Constituição e, portanto, o documento não poderia ser enquadrado como golpista.

“Onde é que está a ilegalidade dessa proposta? Em lugar nenhum. O Bolsonaro apresentou um documento sugestivo para análise dos comandantes militares. Se minuta de golpe é fake news, inquérito de pseudo-golpe é uma farsa para atingir Jair Bolsonaro”, disse ele.

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