O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira (13/10) uma transição energética e ambiental baseada na ética, na cooperação internacional e em resultados concretos, durante a cerimônia oficial de abertura da Pré-COP, na reunião ministerial preparatória para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém do Pará em novembro.
Alckmin iniciou sua fala convocando a comunidade internacional a unir “a preocupação pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os problemas da sociedade”. Ele destacou que o desafio climático exige mais do que discursos.
“Convoco a todas e a todos a compartilharmos essa preocupação ambiental e esse amor ao próximo, não apenas em nossos discursos, mas em ações concretas, em benefício de toda a comunidade internacional e como legado para gerações futuras.”
Segundo Alckmin, a presidência brasileira da COP30 propôs três objetivos centrais para o encontro de Belém: “reforçar o multilateralismo e o regime de mudanças do clima no ano da Convenção Quadro das Nações Unidas; conectar o regime climático à vida real das pessoas; e acelerar a implementação do Acordo de Paris por meio do estímulo a ações e ajustes estruturais em todas as instituições que possam contribuir para isso”.
Compromisso brasileiro
Durante o discurso, Alckmin reafirmou o compromisso do Brasil com as metas climáticas estabelecidas internacionalmente. Ele lembrou que as contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) são o núcleo dos esforços globais para limitar o aquecimento a 1,5°C. “A apresentação pelos governos de NDCs alinhadas ao objetivo de até 1,5 grau do Acordo de Paris é sinal decisivo de seu compromisso com o combate à mudança do clima e o reforço do multilateralismo.”
O presidente em exercício e ministro do governo Lula recordou que o país apresentou sua nova meta durante a COP29, em Baku.
“A NDC do Brasil, que tive a honra de anunciar no ano passado na COP29 em Bacu, determina compromisso de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa no país de 59% a 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005.” Segundo ele, o plano é “ousado, mas realista”, combinando “crescimento econômico, transição energética e proteção de florestas.”
Alckmin também lembrou das mudanças promovidas pelo governo na mistura de biocombustíveis: “O presidente Lula passou de 27% para 30% o etanol na gasolina e de 12% para 15% o biodiesel no diesel”; Segundo ele, “o combustível do futuro é, portanto, mais que uma lei, é um novo paradigma de política energética e industrial, criando um ambiente de previsibilidade e sinergia entre energia, transporte e indústria”.
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