BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O relator do PL Antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP), anunciou recuos em seu texto de combate ao crime organizado, após uma série de críticas de que o papel da Polícia Federal seria diminuído, atendendo a pontos que o governo Lula (PT) elencou como prioridade.
Tanto Derrite quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmaram serem falsas as "narrativas" de que o projeto pretendia tolher a ação da PF.
Em entrevista à imprensa, Derrite afirmou que não foi procurado pelo governo e que as alterações visam atender ao interesse da sociedade. Segundo ele, não se tratam de recuos, mas de "estratégia".
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Mais cedo, Motta se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandoski, para discutir o texto. Em seguida, o presidente da Câmara se encontrou com Derrite.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, após uma série de embates em torno do texto, o PL Antifacção deve ser votado nesta quarta (12), caso haja acordo sobre o conteúdo. As conversas nesta terça para alcançar um consenso envolveram, além de Motta, Derrite e Lewandoski, representantes do governo e líderes partidários.
Derrite desistiu de alterar a Lei Antiterrorismo e deve criar uma nova lei para endurecer penas contra uma série de crimes praticados por facções. Com isso, o relator diz que competências da PF e das polícias estaduais seriam preservadas como estão.
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