O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta segunda-feira (17/11) que não vê o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, “arestado” com nenhum grupo político no Senado, caso seja indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Questionado por jornalistas durante evento no Planalto, o senador argumentou que a votação difícil para recondução do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, ocorreu em contexto diferente de uma eventual sabatina de Messias, e negou que o resultado tenha sido um recado da oposição contra o AGU.
“A eleição do Gonet é muito diferente da eleição do Messias. Na eleição do Gonet havia um grupo forte de oposição a ele pelo fato de ele ter feito a denúncia contra o ex-presidente da República. Então, era óbvio que eles iam puxar”, disse Wagner à imprensa após cerimônia para entrega do Plano Nacional da Cultura (PNC), no Palácio do Planalto.
“No caso do Messias, eu não vejo ele arestado com nenhum segmento do Senado. Sinceramente, não vejo”, acrescentou o senador.
Gonet foi aprovado em sua sabatina por 45 votos a 26, apenas quatro votos acima do necessário. O resultado acendeu um alerta em parte do governo, que leu a votação como um recado contra a indicação de Messias. Outra ala, porém, como Wagner, defende que são contextos distintos.
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Reunião com Pacheco
O senador reforçou ainda que Lula deve se reunir em breve com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), outro cotado para o cargo, mas sinalizou que Messias continua como favorito. Wagner apontou que Lula quer que Pacheco concorra ao governo de Minas Gerais no ano que vem.
“(O encontro ainda não ocorreu por) Agenda. Não tem nenhum motivo para não ter acontecido, a não ser quando ele chegou da Ásia, que tinha o problema do Rio de Janeiro. Aí, ele foi para Belém. Voltou agora, mas ficou ligado em Belém. Eu acho que vai acontecer esta semana”, avaliou o líder.
