Saúde

Maior sobrevida

Medicamento recém-chegado ao Brasil ajuda no tratamento de câncer de próstata não metastático que apresenta resistência à terapia hormonal

Ailim Cabral
postado em 06/08/2020 18:49


O câncer de próstata é o mais comum entre os homens brasileiros — um em cada seis brasileiros desenvolvem a doença e o país está em terceiro lugar entre os que apresentam maior incidência da doença. O hábito de vida sedentário, a obesidade e a alimentação ruim são alguns dos fatores que contribuem para os altos índices da doença. Mas o crescimento da expectativa de vida, também, é um dos responsáveis pelo aumento no aparecimento desse tipo de tumor.

Previsão do Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que, entre 2020 e 2022, o Brasil deverá ter 625 mil novos casos de câncer de próstata por ano. Além do aumento de incidência, o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer e diretor do Departamento de Oncologia Clínica Beneficência Portuguesa São Paulo, chama a atenção para a alta mortalidade em decorrência do diagnóstico tardio.

“A maioria dos pacientes só procura o médico quando tem sintomas e, nessa fase, o câncer costuma estar avançado e o tumor muito agressivo, o que diminui as chances de cura e sobrevivência”, esclarece Maluf. O mais indicado é que o exame retal seja feito a partir dos 50 anos ou até mesmo antes em homens que fazem parte de grupos de risco, como os que têm histórico familiar.

Os homens brasileiros, porém, vão espontaneamente ao médico oito vezes menos que as mulheres. Levando em consideração essa mentalidade dos pacientes, o tempo que pode levar entre o diagnóstico e o início do tratamento, além da falta de informação e a dificuldade de acesso aos cuidados, existem esforços médicos focados em minimizar os riscos de metástase e em aumentar a taxa de recuperação nos pacientes com a doença avançada.

Com foco na recuperação mais eficaz e completa dos pacientes, um novo medicamento feito pela farmacêutica alemã Bayer, em parceria com a Orion Corporation, chegou ao Brasil no fim do ano passado. O tratamento tem como público-alvo pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração, previamente tratados com terapia hormonal e com alto risco de desenvolver metástases.

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