Boina lifestyle

Correio Braziliense
postado em 06/08/2020 19:03
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Um item passado de pai para filho. Esse é o significado que as boinas ocupam na vida de Rodrigo Brito, servidor público, 41. Para os momentos de lazer, ele gosta de usar sapatênis, bermudas e camiseta polo. E é nessa hora que entra o item que já usa há bastante tempo — e do qual acabou virando colecionador. “Virou uma marca registrada. Sempre curti bonés e chapéus, mas as boinas são as minhas preferidas. Acabei passando esse gosto para o meu filho de 9 anos, que desde 1 ano tem suas boinas — são mais difíceis de achar, mas sempre que encontro compro para ele.”

Dono de um estilo clássico moderno, ele conta que o trabalho exige uma roupa mais sóbria, formal e que a rotina antes da pandemia e do isolamento social era composta por ternos — mas sem a necessidade da gravata. Ele só usa o acessório em ocasiões específicas. “Às sextas, o casual friday permite algumas combinações mais livres, o sapatênis, um blazer mais claro com jeans.”

Rafael Brito, 9, acaba se espelhando muito no pai. Mas é Marina Brito, 7, quem demonstra maior interesse por moda e por montar looks. “Ela adora estar arrumada. Curte peças diferenciadas, como uma jaqueta e uma jardineira, e acabou virando uma contumaz colecionadora de tiaras e laços. Tem de todos os tipos. Acho muito legal esse interesse dela, até porque é só mais um dentre tantos. Por enquanto, ainda regulamos muito o uso de maquiagens, esmaltes, perfumes, mas adornos, roupas e a criatividade em alta estão sempre liberados.”

Liberdade

O servidor público explica que a conexão com os filhos se dá de diversas formas, como por meio da culinária, da literatura, dos esportes, do lazer e da cultura em geral. E a moda, o estilo e os autocuidados são mais um campo em que essa relação acontece. Atualmente, os pequenos têm maior liberdade para escolher o que vestir, com algum nível de orientação — principalmente quando a ocasião pede — dos pais.

Essas relações que a família construiu com as composições demonstra algo para o pai: “Percebo uma coerência de escolhas que se relaciona com o todo, com a forma como educamos nossas crianças. O fato de elas pedirem sugestões de roupas ou calçados, perguntarem se gostamos do look e já se preocuparem em arrumar suas malas para viagens, por exemplo, demonstra esse tipo de relação saudável que estamos construindo, com base na autoconsciência e no respaldo da família como uma instância de cuidado.”

Rafael diz que percebe um ganho de maturidade incrível de Marina e Rafael durante a quarentena: ganharam autonomia com o ensino de casa, têm participado das tarefas domésticas, passaram a entender melhor o trabalho dos pais e se solidarizam nos momentos de estresse. “Apesar do cenário caótico social e economicamente, acredito que eles, assim como todas as crianças, que têm um nível de resiliência ainda maior do que o dos adultos, conseguirão tirar importantes lições desse período da história. Criamos várias rotinas legais, escrevemos um diário da quarentena, criamos um clube de leitura, tomamos chá antes de dormir, temos um clube de pedal só nosso. Isso tende a marcar muito a história deles e a gerar muita lembrança boa também para o futuro.”

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte



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