As camas baixas viraram uma grande tendência nos quartos infantis por proporcionarem segurança, estímulos para a criança e uma decoração superfofa para o quarto. Mas adultos, também, podem lançar mão de camas mais baixas. Aliás, tal móvel é uma tradição no Japão. Lá, ela é chamada de shikibuton. O colchão é apoiado em uma esteira de tatame ou plataforma de madeira.
Em um quarto, segundo a arquiteta Cristiane Schiavoni, a cama e a cabeceira são os elementos de decoração principais. “A cama, por motivos óbvios, já que, normalmente, não fazemos quarto sem cama, é um item muito importante na hora de decorar, serja pelo espaço que ocupa, seja pelo design”, afirma.
A cama próxima ao chão faz com que o ambiente fique mais amplo. Para a arquiteta, o modelo não deixa de ser a estrela do quarto, mas cria uma proporção diferente. “Muitas vezes, temos um quarto que é meio apertadinho, meio estreito, e a cama japonesa muda essa proporção, essa relação da cama com o espaço, então, às vezes, conseguimos colocar uma cama de um colchão grande, mas, por ser baixa, não fica um ‘trambolho’ no quarto, e dá a sensação de amplitude”, explica.
O que não significa que quartos grandes não possam ter camas baixas. Nesse caso, a arquiteta orienta trabalhar para reforçar as linhas horizontais. “Fica muito contemporâneo, e com essa linguagem japonesa, que é muito especial”, opina. Mas, segundo ela, é preciso tomar cuidado para não perder a proporção e a mobília não parecer mais baixinha ainda.
A escolha de uma peça dessa faz com que toda a decoração leve em conta a característica mais horizontal do móvel. “O leiaute deve ser organizado de forma a deixar a cama mais isolada de elementos verticais pesados, como armário ou estante”, explica a arquiteta Danielle Alves, da Oficina Arca. A profissional recomenda colocar próximo à cama apenas elementos também baixos, como mesinhas de cabeceira da mesma altura ou poltronas.
Para ela, o modelo japonês de cama é bem versátil, podendo ser incluído em ambientes minimalistas, rústicos ou industriais. “Fica moderno com as camas suspensas flutuantes, aliviando o pé de direito quando muito alto. E, em contraponto, numa base amadeirada, rente ao chão, fica linda e dá um ar intimista ao ambiente”, exemplifica.
Cabeceira
O principal desafio no design de um ambiente com esse tipo de cama seria integrá-la a um espaço com elementos já existentes e muito verticais, ou em um lugar com pé direito alto, segundo Danielle. Para equilibrar a horizontalidade da cama com todo o resto do mobiliário, ela recomenda trazer uma verticalidade sutil, com luzes pendentes no teto.
Além disso, a cabeceira pode ser um elemento importante nessa questão. “Pode ser ampla e horizontal, passando da largura da cama, de parede a parede; ou vertical, indo ao teto, podendo até incluí-lo, criando um design ‘caixa’, que, junto a uma iluminação indireta, fica moderna e elegante”, sugere.
Além da cama, Cristiane salienta a importância das cabeceiras e possibilidades que ela oferece. “Hoje, temos diversas opções de modelos, materiais e cores, dá para brincar com ela na hora de decorar seu ambiente.”
Vantagens e desvantagens
* Versátil
* Permite vários estilos de decoração
* Aceita uma grande variedade de colchões, por conta do seu formato, seja futon, com molas ou mais fino
* Por causa da altura, adequa-se bem até sob a janela
* Possibilidade de um sono mais saudável — segundo a cultura oriental, o design reto e mais próximo ao chão ajuda na circulação sanguínea e na postura
* Das desvantagens, a maior delas é que não é indicada para idosos ou pessoas com mobilidade reduzida
Fonte: arquiteta Danielle Alves
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