Próximo Capítulo

Musicalidade brasiliense

Adriana Izel e Vinicius Nader
postado em 21/08/2020 17:31

 

O filme Greese — Nos tempos da brilhantina marcou a vida de muita gente. Mas, para o ator Daniel Cabra,l ele foi um divisor de águas. Na infância, o brasiliense encantou-se quando viu o longa na escola e pediu ao pai para fazer teatro. O menino foi matriculado no curso de Néia e Nando e não parou mais

Daniel saiu de Brasília, ganhou o eixo Rio-São Paulo e especializou-se em musicais, tendo atuado em espetáculos, como Zorro — Nasce uma lenda (2019), dirigido por Ulisses Cruz, e Raia 30 anos (2015), ao lado Cláudia Raia. Antes da pandemia, ensaiava West side story. Atualmente, Daniel é um dos representantes da capital federal no reality show Talentos, exibido aos sábados, às 20h, na TV Cultura.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Três perguntas // Daniel Cabral

 (crédito: TV Cultura/Divulga??o/)
crédito: TV Cultura/Divulga??o/

Como você lida com a pressão de ser julgado no programa?
Na gravação do programa, parece que estou dentro da sala de audição de um musical sendo testado por horas. Só que estou em casa, gravando pelo meu celular. É muito impressionante como a gente não se acostuma com a sensação de ser julgado. Além disso, nessa situação on-line, fico mais tenso se eles estão me escutando direito, se a internet está funcionando direito, se minha luz está boa... Enfim, tento lidar da melhor forma com essa situação...

Como surgiu seu gosto por musicais?
Meu gosto por musicais veio desde pequeno. Normalmente, nós, quando criança, gostamos de desenhos musicais. Aqueles desenhos que víamos no cinema, de princesas, de leões e gênios da lâmpada, todos são musicais. Mas me dei conta de que gostava dos musicais com uns 10 anos, quando fiz um trabalho para a escola e dançamos a música do Grease. Assistimos ao filme e eu adorei! Daí, pedi a meu pai para fazer teatro e fui para o curso de teatro infantil da Néia e Nando, onde descobri o universo do teatro e nunca mais saí.

Tem algum brasileiro que você gostaria de ver a vida transformada em musical? Por quê?
Eu gostaria de ver a história do Brasil transformada em musical. Na verdade, vários musicais... (risos) Mas, com uma visão mais aberta artisticamente sobre os fatos históricos. Um dos musicais mais aclamados do momento é sobre o primeiro secretário do tesouro americano (Alexander Hamilton). Acredito que temos muito material para construir narrativas ricas e que aproximariam o público de assuntos que fazem parte da formação do país. Desde trazer à tona a cultura dos povos originários e o embate com os povos estrangeiros até uma sátira musical sobre o momento que estamos vivendo. A arte tem o poder de transformar nossa visão a respeito das coisas e seria muito bom termos obras musicais que englobassem personagens históricos com um olhar contemporâneo a respeito dos fatos.

No blog https://blogs.correiobraziliense.com.br/proximocapitulo/ você pode ler a entrevista completa com Daniel Cabral

O dia é delas

 (crédito: RaquelCunha)
crédito: RaquelCunha

Hoje o dia é de comemorar o aniversário de duas grandes atrizes da televisão brasileira: Gloria Pires e Susana Vieira. Elas duas estiveram, juntas, recentemente, em Éramos seis como Lola e tia Emília, respectivamente. Ali podíamos ver a doçura de Gloria como a protagonista justa que colocava a família acima de tudo. E também era imperdível a frieza de Susana na pele de uma mulher amargurada, triste.

Em outro encontro das duas, o bem-sucedido remake de Mulheres de areia (1993), as coisas meio que se invertiam. Na pele de Raquel, uma das gêmeas protagonistas da trama de Ivani Ribeiro, Gloria aprontava de todas e era a grande vilã do folhetim. Já Susana era do bem, como a simpática Clarita, sogra ora de Raquel, ora de Ruth (a outra gêmea).

Daí, já dá pra perceber o quão versáteis e longe de amarras são Susana e Gloria, donas de papéis tão marcantes na teledramaturgia brasileira. A partir de amanhã, por exemplo, Susana aparecerá como Lorena em Mulheres apaixonadas (2003), novela de Manoel Carlos que o Viva começa a reprisar. Múltiplas, Gloria e Susana nos brindaram com tantas Marias de Fátima de Vale tudo e Brancas Letícias de Por amor e, ainda, dividiram a babá Nice nas versões de Anjo mau de 1976 e 1998. Fica aqui a singela homenagem do Próximo Capítulo a essas duas mulheres talentosas. Parabéns a elas!

O que vem por aí
Amanhã: Mulheres apaixonadas, no Viva
Terça: Segunda temporada de Gatunas, na Netflix
Terça: Shippados, com Tatá Werneck, no GNT
Quinta: Estreia a série Devs, no Fox Premium
Sexta: Cobra Kai, na Netflix

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação