Filantropia vem do grego e significa amor à humanidade. Em um momento conturbado, como o que estamos passando agora, em que tanta gente está vivendo a dor da perda, tanta gente está sentindo medo, tanta gente está precisando de ajuda, ter a oportunidade de compartilhar com o leitor informações sobre um evento virtual de filantropia, ou seja, de amor à humanidade, é, para mim, uma grande honra.
Os temas abordados nas inúmeras palestras do Fife 2020 são de extrema relevância: novas tecnologias que possam impactar o social, o cultural do voluntariado e ajudar a exercer com competência esse propósito de fazer filantropia me parece algo necessário e urgente.
Por isso, eu convoco todos a assistir a cada uma das apresentações com olhar atento, de forma que até possam ajudar as iniciativas, entrando em contato, dando ideias e se engajando. E, principalmente, divulgando, pois é assim que os movimentos ganham visibilidade e, com isso, força de atração para que, quem sente vontade, possa unir forças.
Muitos de vocês já acompanham meu trabalho com cultura de paz há muitos anos, mas eu percebo que nunca fez tanto sentido concentrar esforços para que esse tema se torne central e possa permear todos os outros. A minha jornada começou há quase duas décadas, e o fato de eu ter recebido o título de embaixadora da paz formalizou uma missão que trouxe tanto significado para a minha vida e me coloca a cada dia num lugar maravilhoso!
Estou falando de um lugar dentro de mim, um espaço interno de serenidade, de equilíbrio, de conforto, de contentamento, de felicidade autêntica, que não depende dos estímulos externos. Em um momento desafiador como este, em que tanta gente está se desesperando, ter esse porto seguro dentro de mim está sendo decisivo. Inclusive para não perder de vista qual é a minha tarefa e como eu posso atingir no alvo, com toda a eficácia, essa missão de fazer com que as minhas escolhas a as escolhas de todos possam estar alinhadas com as forças pacificadoras.
Cada passo que uma pessoa dá a direciona a um destino. É importante perceber a origem das forças que nos impulsionam, pois, muitas vezes, os caminhos cujas origens são o trauma, a dor, a raiva, o medo, os desejos de vingança, levam-nos a reproduzir o ciclo da violência e a permanecermos aprisionados perpetuando o sofrimento. É comum que uma vítima que não foi amparada ou auxiliada para conseguir superar o trauma, acabe se tornando um agressor. Os agressores de hoje são as vítimas de ontem.
Se um esforço consciente não for feito com inteligência, firmeza e muita força de vontade, continuaremos repetindo as violências. Não dá mais para continuar lidando com os desafios de forma limitada, pouco inteligente e ineficaz.
A crise sanitária que veio com a pandemia acentuou a crise econômica e, se não tomarmos providências drásticas e urgentes, será difícil conseguirmos conter a crise social que está por vir. Mais informações sobre as palestras de filantropia no site: www.fife.org.br.
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