Casa

Um lar para chamar de seu

Publicitária realiza o sonho de morar sozinha e abre as portas do apartamento para mostrar a decoração cheia de simbolismo para ela

Ailim Cabral
postado em 01/10/2020 17:00
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

O isolamento deixou muitas famílias mais próximas, mas também foi o empurrãozinho que faltava para jovens adultos saírem de casa e passarem pela experiência de morar sozinhos. Essa é a história da publicitária Nathália Maximiano dos Santos Assunção, 25 anos.

A jovem sempre teve o desejo de ter o próprio espaço, mas estava sempre adiando a mudança. No ano passado, o desejo de sair da casa dos pais aumentou. “Eu já tinha o meu dinheiro, a minha independência e comecei a procurar um lugar”, lembra.

Nathália encontrou um apartamento que atendia às suas necessidades, perto dos pais, seguro e que proporcionaria privacidade e liberdade para reunir os amigos. Durante o processo de mudança, começou a pandemia e ela se mudou em abril.

O começo foi difícil. Os primeiros meses foram um baque para Nathália. O isolamento impediu convites aos amigos, e passar 24 horas por dia consigo mesma trouxe reflexões e solidão. Quase voltou atrás, mas persistiu na realização do sonho e hoje é feliz na casa que tem sua cara e identidade.

Acolhimento

No início, ela tinha apenas a mobília do quarto e foi montando o lar aos poucos. Depois de comprar uma geladeira, veio o hack da tevê e um bar estiloso. Conforme aparecia a necessidade ou surgia uma ideia diferente, Nathália ia comprando os móveis, que ela mesma faz questão de montar com a ajuda do pai. Nathália conta que o momento se tornava divertido, com um café da tarde ou um almoço. O processo fez com que cada peça da casa se tornasse valiosa e detentora de uma memória especial.

Para ela, criar os objetos de decoração é uma forma de se sentir acolhida pelo ambiente. A sensação de executar uma ideia com as próprias mãos faz com que Nathália se sinta realmente em casa. “Sempre quis colocar a mão na massa para ter um pedacinho de mim nas coisas, e é mais gostoso ainda ver tudo começando do zero e ficando pronto.”

Entre os itens de decoração, ela construiu uma placa de pisca-pisca e uma cabeça de cervo 3D, em papel. “Tem muitas coisas que quero, mas não encontro para comprar, então eu mesma dou um jeito e faço.”

A publicitária afirma não ter um estilo único de decoração e o define como uma mistura de tudo que combina com ela, que tem o seu jeito. Nathália busca inspiração no Pinterest e na rede social. Encontra as ideias e as transforma em realidade, como as prateleiras compridas na sala e no quarto. “Eu vi, achei bonito e quis fazer igual. Nesse caso, chamei um profissional para executar como queria. E se eu gosto, ótimo, deu certo. Se não curto, é só mudar de lugar, tirar”.

Segundo Nathália, o quarto ainda é um espaço em construção. Os planos incluem mais quadros, um cabideiro, uma prateleira desconstruída e mais plantas e arranjos.

As plantas ocupam um lugar especial no coração de Nathália. Além de cuidar do filhote de gato recém-adotado, Oswaldo, ela relaxa ao cultivar. Quando era pequena, ia ao mercado com a mãe e sempre voltava com um novo vasinho — hábito que levou para a vida adulta.

Na casa do pai, chegou a ter uma planta carnívora, que morreu. Para o novo lar, ganhou um novo exemplar. Desde que foi para a casa nova, a ideia era ter um espaço cheio de verde, e o sonho vai se realizando, vasos de planta ocupam todos os cômodos da casa. “Fazem eu me sentir bem, é como se respirasse melhor. Trazem um ar de conforto e dão um toque especial na decoração.”

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