Deixar as crianças decidirem o que vestir é um bom exercício de amadurecimento. Conheça o estilo de alguns filhos e sobrinhos de jornalistas do Correio
Amanhã é Dia das Crianças e estas páginas são dedicadas a elas, que desde pequenas expressam a própria personalidade na forma de se vestir. Muitas, desde cedo, têm noção do que gostam e do que não gostam e escolhem as próprias roupas. E ai de quem tentar fazer com que vistam algo que não queiram. “É uma forma muito saudável de desenvolver seu autoconhecimento e a construção de sua identidade”, explica psicóloga Flávia Miozzo.
Aos pais, que, às vezes, frustram-se com as opções dos pequenos, ela recomenda procurar acolher as escolhas das crianças: “Faz com que elas se sintam respeitadas e valorizadas. Os pais podem orientar para que essas decisões sejam tomadas de forma mais adequada — em relação às condições climáticas, por exemplo. Mas devem, principalmente, incentivar a autonomia da criança e apoiá-la, pois o ambiente familiar é o mais seguro para ela experimentar, fazer escolhas e até errar”.
Em uma situação em que a criança quer sair com uma blusa de frio em um dia quente, apesar da orientação dos pais, Flávia esclarece que a criança vai precisar experimentar a sensação de calor para entender, na prática, que fez uma escolha inadequada e isso vai gerar um aprendizado. “Os pais precisam tentar controlar a ansiedade e até mesmo alguns padrões estéticos, pois o mais importante é a criança sentir-se confortável e feliz”, afirma.
Conheçam algumas crianças da Redação, filhas e sobrinhas de jornalistas do Correio Braziliense. Pequenas e já cheias de estilo.
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Noah Rafael da Conceição Silva, 4 anos, é encantado por dinossauros e dragões, tanto para brincar quanto para vestir. Tem um guarda-roupa cheio de camisas de botão, com estampas que vão desde o xadrez ao branco mais social, mas essas estão guardadas para quando for seguro ir às festas de aniversário e aos encontros de família, que gosta tanto. Nestes dias em casa, com o calor que tem feito, as bermudas e camisas sem manga têm sido suficientes, mas o pijama que brilha no escuro faz sucesso. Os pés, quando não estão descalços, estão de meias, estampadas com animais ou super-heróis.
Foto: Arquivo pessoal
Laura Rusky Pera, 5 anos, superou a fase das fantasias recentemente, mas continua adorando saias e vestidos bem rodados e com brilho. Gosta muito de dar estrelinha, cambalhota, então, descobriu a praticidade dos shorts-saia. Há alguns meses, não gostava de roupas pretas, mas isso mudou: "Mãe, você percebeu que eu estou crescendo e usando umas cores escuras?". No pé, quase sempre sapatilha. Muitas das roupas e calçados dela são comprados em brechós. É o caso do vestido estampado, do short-saia preto e do sapato prateado das fotos.
Foto: Renata Rusky/CB/D.A Press
Helena Negromonte Prado tem 8 anos e muita personalidade quando o assunto é moda. Desde muito pequena, escolhe as próprias roupas e apresenta um estilo bem definido. Não gosta de vestidos do tipo princesa, cheios de detalhes. A sua combinação preferida é short e camiseta. "É mais confortável e melhor para brincar", justifica. Mas, quando quer ficar mais arrumada, sempre aposta nas saias ou vestidos longos. Nos pés, tênis, crocs e sapatilhas. Tudo para se sentir bem.
Foto: Arquivo pessoal
Alice Niederauer Brito, 1 ano e um mês, tem estilo despojado. Gosta de estar na moda, mas sem abrir mão do conforto. Quando veste roupa nova, logo exibe o look para o papai ou para a mamãe. Nestes dias de calor, tem abusado das roupas mais frescas, como vestidos leves e shorts com blusinha. O amarelo é uma das cores que mais combinam com ela, assim como tons de rosa claro e candy colors. O presente vindo da Nova Zelândia, uma calça branca de bolinhas pretas e blusa com a frase "Kind people are my kinda people" (gente legal é o meu tipo de gente, em tradução livre), está entre os visuais básicos favoritos da pandemia: um importante lembrete do que as populações pelo mundo inteiro mais precisam neste momento.
Foto: Mariana Niederauer/CB/D.A Press
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