A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Dpoc) acomete cerca de 6 milhões de brasileiros. Mas a expectativa é de que quase 15% da população com idade superior a 40 anos tenha a enfermidade, que tem um alto índice de subdiagnósticos. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) informa que, mesmo sendo a terceira principal causa de morte no mundo, metade dos pacientes só é diagnosticada quando a doença se encontra em estágio moderado ou grave.
Segundo a médica Simone Henriques, trata-se de uma doença crônica progressiva que acomete os pulmões e gera obstrução da passagem do ar. “As principais causas são a exposição prolongada ao tabagismo e a intensa poluição do ar”, explica a geriatra. “Assim como agentes químicos inalados podem causar estreitamento das vias aéreas e paralisia dos cílios (bronquite crônica) e danos irreversíveis aos alvéolos (enfisema)”, completa.
A maior parte dos pacientes com Dpoc são tabagistas ou ex-tabagistas. “Porém, alguns podem desenvolver a doença sem ter fumado, por terem predisposição genética ou contato com fumaça de fogão a lenha ou mesmo pela poluição ambiental”, afirma Thiago Fuscaldi, pneumologista do Hospital Brasília.
Ele informa que a única medida conhecida para evitar a enfermidade é não fumar ou se expor à fumaça e a ambientes poluídos. “As crises podem ser evitadas pelo uso regular da medicação inalatória, pela vacinação anual para gripe e para pneumonia, indicada para esses pacientes.” Também é ideal praticar exercícios físicos e fisioterapia respiratória.
De acordo com Simone, o principal sintoma é falta de ar (cansaço progressivo). “Inicialmente, aos grandes esforços, como subir escadas e caminhadas mais longas. Com a progressão, a falta de ar passa ser aos mínimos esforços, como tomar banho e até dar poucos passos”, diz ela, pós-graduada em nutrição, metabolismo e exercício físico. “Na fase avançada, o cansaço pode acontecer mesmo em repouso. Outro sintoma comum é tosse crônica.”
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
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