Entenda por que algumas máscaras da moda não protegem contra o coronavírus

Especialistas explicam quais tecidos são eficientes nas máscaras e a importância delas no combate à pandemia do coronavírus

 

O uso da máscara se tornou obrigatório no Distrito Federal em abril de 2020, por meio do Decreto nº 40.648. Desde então, a norma vale para espaços e vias públicas, como uma medida preventiva de combate ao novo coronavírus. Mas a adesão à forma de proteção individual e coletiva não foi unânime. Usar máscara em estabelecimentos públicos, como supermercados, causava estranheza no início. A população teve de se acostumar. Com o passar dos dias, semanas e meses, a peça tornou-se parte fundamental da nossa vestimenta, com cores e estampas, combinando com a personalidade de cada um.

Apesar disso, o que temos, agora, é um enfraquecimento do uso, parques e praias lotadas, festas e aglomerações de pessoas sem máscara. Para a professora de biossegurança da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Melissa Medeiros Markoski, isso é reflexo do cansaço devido às restrições provocadas pela pandemia e da negligência em relação aos riscos.

“Por não utilizarem a máscara, os jovens compartilham gotículas contendo partículas virais, transmitindo a doença uns aos outros e, pior, levam a contaminação para suas casas, contaminando familiares possivelmente de grupos de risco. A consequência é realmente um grande aumento da transmissão, acarretando em colapso do sistema de saúde e exaustão e contaminação dos profissionais de saúde, que precisam tratar mais e mais pessoas que não precisavam estar sendo internadas”, comenta a especialista.

Forma de proteção

O uso de máscaras como ferramenta de proteção individual não é novidade. Em países como o Japão, por exemplo, por diversos motivos, a população cobria o nariz e a boca há algum tempo. “Mas antes mesmo do microscópio, antes de sabermos da existência de seres invisíveis ao olho nu, como as bactérias e vírus, os profissionais de saúde, os mais expostos, por estarem sempre diante de pessoas enfermas, são os que mais manuseiam as máscaras, como um equipamento de proteção individual e coletivo”, explica a médica infectologista Joana D’arc Gonçalves. É por isso que as chamadas máscaras hospitalares precisam ser mais seguras, elas possuem características físicas específicas para conter alguns tipos de partículas.

*Estagiária sob a supervisão José Carlos Vieira

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