Fitness & nutrição

No rebolado do bambolê: acessório ajuda a potencializar malhação

Mais conhecida como brincadeira de criança, a hula hoop pode ser um ótimo exercício para adultos. Entre os benefícios estão queima de calorias, redução da ansiedade e aumento da criatividade

Tayanne Silva*
postado em 28/02/2021 08:00 / atualizado em 01/03/2021 13:38
Júlia Giesbrecht começou a dar aula de bambolê em 2013, quando morava na Austrália -  (crédito: Thiago Maia/Divulgação)
Júlia Giesbrecht começou a dar aula de bambolê em 2013, quando morava na Austrália - (crédito: Thiago Maia/Divulgação)

Para muitos, o bambolê é apenas um brinquedo de criança. Isso porque na história desse objeto, ele era usado como ferramenta de brincadeiras e de divertimento no Antigo Egito, na Inglaterra e em outras localidades. Mas alguns países, como os Estados Unidos, começaram a associá-lo com o emagrecimento e a definição corporal, e não apenas com a diversão.

Atualmente, há uma modalidade de exercício que utiliza o objeto: a hula hoop (bambolê, em inglês). “Há diversos níveis de dificuldade e vários movimentos possíveis, que estão atrelados à afinidade e ao domínio da técnica. Como uma modalidade de dança, sua criatividade será seu próprio limite”, resume Lydia Zago Pereira, graduanda em fisioterapia e terapeuta domiciliar.

Segundo a professora de circo e ioga Júlia Giesbrecht, o uso do bambolê vai muito além da dança. “Quando viajei pela Ásia, descobri que, por lá, é muito comum o uso de bambolês mais pesados e grossos com o intuito de definir a cintura e massagear os órgãos internos”, explica ela, que vende bambolês personalizados on-line.

“Os bambolês nas mãos das crianças possibilitam um mundo inusitado de brincadeiras, que estimulam o lado cognitivo, a coordenação motora e a criatividade”, afirma Júlia, que trabalha com essa modalidade desde 2013, quando começou a dar aulas de bambolê para crianças em uma feira onde morava, na Austrália.

A videomaker Naomi Cary, 27 anos, conta que a primeira vez com o bambolê foi durante uma aula no Espaço Cultural Renato Russo, em 2019. “No começo, eu me senti um pouco boba, pelo estigma de que bambolê é algo de criança, mas logo fiquei mais confortável e percebi outras possibilidades que o instrumento me proporcionava”, diz.

A jovem diz que valeu a pena pelo bem-estar, como toda atividade física que é feita com prazer. “Não só faria de novo como, no final do curso (era uma oficina de seis aulas), eu comprei meu próprio bambolê e continuo treinando até hoje, quando dá.”

Vantagens para o corpo

Naomi Cary fez um curso com seis aulas e, sempre que consegue, exercita-se com o bambolê
Naomi Cary fez um curso com seis aulas e, sempre que consegue, exercita-se com o bambolê (foto: Arquivo Pessoal)

A professora de circo e ioga expõe os benefícios do bambolê. “O que mais me encanta é a simplicidade do objeto e sua capacidade de estimular a criatividade e o olhar lúdico sobre o corpo e os exercícios físicos. Esses malabares trazem possibilidades infinitas. A cada ano que passa, eu me surpreendo com novos tipos de movimentos.”

O objeto é encarado como brinquedo por muitas pessoas, mas ele se enquadra dentro das práticas de malabarismo das atividades circenses. “O objetivo por trás da prática é algo extremamente pessoal. Sem dúvidas, o bambolê é um convite ao desfrute, ao exercício da criação, da dança e do ganho de habilidade motora”, constata ela, que oferece curso on-line de bambolê na plataforma PoleFlix.

Entre os benefícios, de acordo com a fisioterapeuta Lydia Zago Pereira, o bambolê ajuda na coordenação motora e melhora o condicionamento cardiorrespiratório. Outras vantagens são: “Auxilia na perda de peso; na consciência corporal; na meditação ativa; ajuda a superar a timidez por meio da dança; eleva a autoestima; é um grande aliado no combate a ansiedade”, diz ela, que também fez um curso on-line de hula hoop, durante a pandemia, com a professora Samantha Spina.

Em relação às horas de prática, Júlia Giesbrecht observa que vai variar de pessoa para pessoa e dos objetivos. “Poucos minutos já fazem muito efeito na sensação corporal do praticante, acelerando o batimento e gerando vitalidade. Ao mesmo tempo, profissionais podem estabelecer treinos, planejando adequadamente a intensidade e o tempo de treino de múltiplos truques.”

Saiba mais

O que se aprende no curso on-line de hula hoop
* Conceitos básicos da prática de bambolê (ritmo, ponto de contato, planos, pulsação, inércia e movimento)
* Giros em diferentes partes do corpo (cintura, joelho, pescoço, pé, peitoral, entre outros)
* Isolamentos (movimentos que criam ilusionismo), breaks (movimentos dinâmicos mudando o sentido do bambolê), moedas (movimentos de giro em torno do próprio eixo), manipulações, rolamentos, equilíbrio, lançamentos, pulos e escalador (uma outra família de movimentos muito famosa)

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

 

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