Casa

Um pedacinho de Brasília no lar

Conheça um pouco do trabalho de artesãos locais que produzem peças decorativas que têm tudo a ver com a capital

Na última semana, Brasília completou 61 anos. E a Revista continua as celebrações, trazendo para nossas páginas sugestões de presentes que têm tudo a ver com a capital. São opções de objetos de decoração que podem alegrar sua casa ou a de pessoas queridas. Afinal, ao valorizar os negócios locais, estamos valorizando nosso lar.

Candango de coração

Geometria Candanga/Divulgação - Azulejos em madeira, da Geometria Candanga (preço sob consulta)

Natural de Nova York, Antonio Guimarães Duarte, 31, mora em Brasília desde 2007 e garante ser candango de coração e por opção. “Brasília foi a cidade que me acolheu em diferentes momentos da minha vida.”

Seguindo o carinho pela cidade, em 2017 nasceu a Geometria Candanga. Segundo Antônio, o projeto é fruto de um olhar fotográfico sobre a cidade e da necessidade do artista de se apropriar mais dos seus espaços. “As linhas dos blocos, os cobogós, os monumentos inspiram o trajeto do olhar e da caminhada, em que busco as formas geométricas escondidas pelos cantos em seus jogos de luz e sombra, curvas e retas”, detalha.

Brincando com as formas, espelhando, duplicando e multiplicando os desenhos fotografados, Antônio as transforma em azulejos, que considera um elemento simbólico e próprio de Brasília. “É um diálogo entre a arquitetura, o design, a fotografia e a arte. Inventar possibilidades a partir dos blocos, dos monumentos, das formas que eu vejo quando caminho pelas vias da cidade”, completa.

Instagram: @geometria.candanga
Email:geometria.candanga@gmail.com

Cadernos para inspirar

Barbante Vermelho/Divulgação - Cadernos do Barbante Vermelho (R$ 60)

Apaixonada por Brasília, Beatriz Medeiros de Oliveira, 25, criou o Barbante Vermelho em maio de 2018. Ela aprendeu a fazer cadernos em uma disciplina da Universidade de Brasília (UnB) e iniciou uma produção regular. Os amigos gostaram, pediram e começaram as vendas.

Para Beatriz, escrever e desenhar contemplando a cidade era um hábito antigo, e poder traduzir isso em seu trabalho é uma das maneiras de homenagear Brasília. “Ela me inspira em tudo! Eu amo a cidade, o clima do cerrado, a monumentalidade dos vazios. Sou do tipo de pessoa que para nos lugares e fica contemplando. Queria que todos pudessem fazer isso, mas com um caderno que parecesse com quem carrega”, completa.

Instagram: @obarbantevermelho

Descobrindo-se artistas

Deu na Telha/Divulgação - Deu na Telha (preço variável)

O casal Gabriel Kuch, 29, e Bárbara Segato, 28, não nasceram em Brasília — ela é de Marília (SP) e ele, do Rio de Janeiro. Os dois, porém, adotaram a cidade por amor. “Foi onde criamos nossa morada. Tem seus cantinhos pulsantes, que vamos descobrindo e criando aos poucos. Com suas pontes para se alastrar para o resto do país, se inteirando de novas culturas e regiões por meio da mistura de pessoas. Ao mesmo tempo em que nos parece ser ilha, nos parece ser o coreto do país. Lugar onde todo o Brasil vai se encontrar num fim de tarde para conversar sobre como foi o dia”, declara o casal.

O lado artístico de Bárbara e Gabriel se exacerbou durante o isolamento e, há oito meses, surgiu a Deu na Telha. “Como o nome diz, foi algo que apareceu do nada, deu na nossa telha e começamos a criar”, conta Bárbara.

Usando a arte como terapia e como forma de cura para si e para quem mais precisar e buscar, o casal encontrou uma forma diferente de vender. “Na contramão dos tratos comerciais, fizemos questão de manter esta arte aberta e acessível. Por isso, cada pessoa paga o que der na telha, o quanto quiser e o quanto puder”, completa.

Instagram: @deu.na.telh4
E-mail: contato.deunatelh4@gmail.com

Do barro e do sertão

Arte Duvale/Divulgação - Enfeites artesanais (ao fundo) da Arte Duvale (entre R$ 65 e R$ 650) e filtro de barro Cacto (R$ 480)

Natural de Monte Azul (MG), Warley Rodrigues de Souza, 35, chegou a Brasília em 2007 e rapidamente caiu de amores “pelas avenidas espaçosas, pelo verde das árvores, pelo céu incomparável, pelos monumentos em aço e concreto, com suas curvas que dão um nó em nossa cabeça”.

Inspirado pela cidade definida por ele como ponto de encontro de todos os povos do Brasil e do mundo, criou a Arte Duvale em 2018. O fato de os brasilienses serem grandes fãs da arte mineira, também foi um fator decisivo.

O nome Duvale é inspirado no trabalho artesanal do Vale do Jequitinhonha (MG) e as cores da logomarca, preto e amarelo, simbolizam, respectivamente, o barro ao ser preparado para modelagem e a região seca do sertão mineiro. A pequena rosa é uma homenagem às mulheres do barro, responsáveis pelo artesanato.

Instagram: @arteduvale
WhatsApp: (61) 9 8425-3126
Loja: Feira da Torre de TV, Bloco B, Box 77

 

Geometria Candanga/Divulgação - Azulejos em madeira, da Geometria Candanga (preço sob consulta)
Barbante Vermelho/Divulgação - Cadernos do Barbante Vermelho (R$ 60)
Deu na Telha/Divulgação - Deu na Telha (preço variável)
Arte Duvale/Divulgação - Enfeites artesanais (ao fundo) da Arte Duvale (entre R$ 65 e R$ 650) e filtro de barro Cacto (R$ 480)