Especial

Volta às aulas: os desafios da ressocialização de crianças e adolescentes

Com o retorno ao ambiente escolar, estudantes de escolas privadas e públicas precisam enfrentar desafios no âmbito emocional, social e pedagógico

Raquel Ribeiro*
postado em 25/07/2021 06:55 / atualizado em 25/07/2021 06:56
Os irmãos Maria Luiza e Lucas reagiram de forma diferente às aulas on-line
 -  (crédito: Arquivo pessoal)
Os irmãos Maria Luiza e Lucas reagiram de forma diferente às aulas on-line - (crédito: Arquivo pessoal)

Enquanto grande parte das escolas particulares do Distrito Federal já retomou o funcionamento presencial no final de 2020, a rede pública de ensino se prepara para voltar à ativa em 2 de agosto. Os que voltam, porém, não encontram o ambiente escolar do mesmo jeito. Frente à nova realidade da pandemia, o modelo de escola tradicional teve que ser reinventado. E, como consequência, o processo de ressocialização de crianças e adolescentes ganhou novos contornos, como, também, desafios.

Os dois filhos da médica Juliana Leal, 35 anos, Lucas e Maria Luiza, tiveram experiências opostas com o ensino a distância. Ela conta que a diferença de personalidade entre os dois resultou em comportamentos distintos em relação às aulas on-line: “Minha filha não conseguiu se adaptar. Ela ficava ansiosa, chorava, não conseguia fazer nada. Como estava na fase de aprender letras e reconhecer números, foi muito difícil. Já o meu filho, de 7 anos, estava no período de alfabetização. Mas, como ele tem uma personalidade mais tranquila, conseguia assistir a todas as aulas sem problemas, e não apresentou dificuldade para aprender.”.

Para a pequena Maria Luiza, de apenas 5 anos, o isolamento social foi tão complicado, que ela começou a apresentar alterações de comportamento dentro de casa, o que levou a médica e o marido a iniciarem terapia com um psicólogo e a optarem pelo retorno presencial à escola. “Ela estava muito agressiva. Então, no ano passado, ela voltou ao presencial, e observamos bastante mudança no comportamento. A fase em que ela se encontra é muito mais de socialização do que aprendizado. Ela aprende mais se divertindo com os colegas e ouvindo a historinha da professora”, observa a mãe.

Os dois lidaram bem com o processo de ressocialização na escola e, apesar das transformações no ambiente, Juliana acredita que o retorno trouxe mais benefícios do que desafios. “Criança precisa conviver com criança. Para o desenvolvimento delas, isso é muito importante.”

A psicóloga infantil Ana Rita Neves, professora doutora de psicologia do Centro Universitário Iesb, aponta que as crianças podem apresentar dificuldades de se socializarem devido ao longo período de privação do ambiente escolar. “Depois da família, a escola é o segundo contexto de socialização da criança. São nesses espaços que ela aprende regras de convivência, empatia, respeito, dentre outras habilidades tão importantes para o seu pleno desenvolvimento. Aqueles que não haviam realizado um processo de socialização adequado por conta da pandemia vão precisar realizá-lo em uma idade posterior a que normalmente ocorre.”

Ela assinala que muitas crianças voltarão com retrocessos no desenvolvimento e, por isso, é importante que pais e professores tenham paciência para que cada um se desenvolva no próprio tempo. “Não podemos tomar essas dificuldades como imaturidade da criança, mas como uma falta de oportunidade para o desenvolvimento dessa socialização. Os pais e professores são agentes importantes neste processo de readaptação social, ao fornecerem modelos comportamentais para relações sociais e mediarem relações estabelecidas entre as crianças, sinalizando aquilo que é adequado ou não, além de incentivarem uma maior autonomia social dos pequenos, favorecendo, assim, novas relações”, alerta a especialista.

Impactos na saúde emocional

A impossibilidade de frequentar a escola e praticar atividades de lazer fora do perímetro de casa, somada à perda de familiares e ao distanciamento de entes queridos, comprometeu o bem-estar social e psicológico de crianças e adolescentes. Não é à toa que muitos desenvolveram a síndrome da cabana, definida pela psicóloga Ana Rita. “É um padrão de comportamento no qual o indivíduo, após ter ficado um longo período em confinamento, apresenta respostas de medo e ansiedade ao se expor novamente à vida cotidiana, por receio de entrar em contato com uma situação aversiva, se contaminar e adoecer”.

Segundo ela, o modo como a família discute a pandemia dentro de casa afeta diretamente o comportamento dos pequenos no retorno às aulas presenciais. “No caso de pais que têm mais receio em sair por estarem mais expostos ao vírus, a dificuldade da criança em sair de casa ou uma maior ansiedade pode ser favorecida, pois, no entendimento da criança, estar fora do lar acarreta riscos”, exemplifica.

Na experiência da psicóloga escolar Rayanne Linhares, os estudantes tiveram problemas para prestar atenção às aulas on-line. Além disso, muitas começaram a apresentar níveis extremos de ansiedade durante o isolamento social. “Algumas crianças começaram a arrancar os cílios, as sobrancelhas, uma parte do cabelo. Quando ela começa a projetar no corpo o que está sentindo emocionalmente, é um sinal de que a ansiedade está alta.”

Ao se verem sobrecarregados e com dificuldades para amenizar os efeitos da pandemia no aprendizado e desenvolvimento dos filhos, muitos pais optaram pelas aulas presenciais quando houve a autorização do governo para a liberação das escolas. Mas, diante das novas regras e medidas de segurança, as crianças sentiram no emocional os impactos das mudanças. “As crianças voltaram para a escola achando que o ambiente escolar ia ser o mesmo que elas deixaram em março de 2020. Só que, como o distanciamento social tinha que ser realizado e alguns ambientes de convivência foram fechados, as crianças ficaram extremamente frustradas, pois estavam voltando para a escola, porém, não mais era o lugar que elas conheciam”, conta Rayanne.

Ações lúdicas

Letícia pedia todos os dias para voltar à escola e rever os amiguinhos
Letícia pedia todos os dias para voltar à escola e rever os amiguinhos (foto: Arquivo pessoal)

Com a finalidade de driblar os obstáculos à saúde emocional das crianças e garantir um retorno seguro às aulas, Rayanne, junto à equipe da escola onde atua, procurou trabalhar o emocional delas de forma lúdica. “A gente criou uma história dialógica de como preparar a criança para o retorno presencial e ensinamos para os pais como contar essa história. Preparamos algumas perguntas para a criança ir interagindo e solucionado as questões com os pais. Por meio das repostas direcionadas dos pais, as crianças aprendiam como deveriam se comportar na escola”, explica a psicóloga.

À medida que os estudantes voltavam a ocupar as carteiras, Rayanne percebeu que eles estavam precisando conversar, e por isso, ela começou a executar ações para acolher e cuidar das emoções. “Proporcionamos esse momento de fala, de escuta e, em paralelo, brincadeiras direcionadas. A gente pensou em proporcionar momentos de brincadeiras que não exigem muito toque, como bambolê e amarelinha, também para eles conseguirem descarregar essa energia, pois, como muitos moravam em apartamento, não praticavam atividades físicas. A gente usou nossa principal arma, que é o lúdico”.

Ao perceber a dificuldade da filha Letícia Evangelista, 6, de ficar “presa” dentro de casa, longe dos colegas e da rotina escolar, a mãe, Soraia Barbosa, 45, teve a ideia de imprimir diariamente atividades didáticas para ocupar o tempo dela. Porém, mesmo entretida e já podendo rever amigos e professores por meio de uma tela, Letícia continuava sentindo falta da escola. “Percebi minha filha bastante agitada, ansiosa, chorosa e entristecida. Ela pedia, diariamente, para voltar presencialmente às aulas”, descreve a servidora pública.

Além dos problemas emocionais, Soraia notou consequências negativas no aprendizado da filha. “Algumas vezes, ela tinha dificuldade de prestar atenção e compreender o conteúdo que estava sendo ministrado. O isolamento social, sem dúvida nenhuma, trouxe para Letícia algumas perdas no processo de alfabetização, além de impactos significativos na socialização”, constata.

Quando Soraia precisou voltar ao trabalho presencial, ela se viu sem opção, a não ser deixar a filha na escola. A escolha acabou sendo positiva para o desenvolvimento de Letícia. “Ela não apresentou dificuldades para se acostumar com o novo ambiente escolar. O processo de ressocialização dela foi maravilhoso, tanto com a turma quanto com a professora. Ela estava sentindo tanta falta da escola que não tivemos problemas, se esforçava para seguir os protocolos necessários para continuar indo e se dedicava muito aos estudos.”

Os desafios passados e futuros

Mesmo com os esforços conjuntos para garantir o sucesso da ressocialização dos estudantes no ambiente escolar, os desafios que surgiram no meio do caminho foram inevitáveis. De acordo com a psicóloga escolar Rayanne Linhares, as crianças voltaram mais introspectivas, ansiosas, temerosas, com baixo limiar a frustração, além de socialmente desgastadas. “Especialmente as crianças que estavam no primeiro e no segundo ano foram muito atingidas, pois foram alfabetizadas no meio de uma pandemia. Então, elas voltaram com alguns deficits pedagógicos, que a gente já estava esperando. E mais do que isso, voltaram introspectivas, porque elas não vivenciaram o estágio de socialização necessário ao desenvolvimento. Assim, os conflitos começaram a aparecer de forma tardia”, avalia.

A psicóloga aponta que crianças menores não têm um nível de abstração desenvolvido e, por isso, não conseguem compreender a situação atual. Para completar esse cenário conturbado, ela afirma que a diferença de tempo em que as crianças foram reinseridas nas escolas também trouxe problemas: “Como elas voltaram em diferentes épocas, pois os pais foram liberando aos poucos, à medida que iam se sentindo mais seguros, estavam em diferentes situações e, por isso, ficaram muito perdidas. Alguns grupos já estavam mais sociáveis e elas tiveram que se recolocar nesses grupos.”

Na experiência de Isabella Sá, diretora-executiva da Eleva, escola recém-inaugurada em Brasília, crianças e adolescentes tiveram que ter coragem para sair do lar e se confrontar com os desafios do exterior. “Foi um semestre muito emocionante e com muitas ações necessárias para a saída de casa, desse ninho protegido, natural do isolamento social, mas que também trouxe desafios gigantes, como dificuldades de acelerar desenvolvimentos naturais, além de conflitos emocionais, pois a crianças acompanharam os medos e as angústias que a pandemia trazia para dentro de casa”, destaca.

Estrutura pós-pandêmica

Diana Coelho viu o filho, Diego, passar por desafio duplo: pandemia e nova escola
Diana Coelho viu o filho, Diego, passar por desafio duplo: pandemia e nova escola (foto: Arquivo pessoal)

Diferente das demais escolas, a Eleva já foi construída com a pandemia em mente. Isabella conta que a estrutura da instituição foi adaptada para respeitar o isolamento social e a equipe foi preparada para que o máximo de alunos pudesse frequentar os espaços, afinal, a meta era que a escola começasse a funcionar presencialmente no ano de 2021.

Apesar dos desafios em âmbito social, pedagógico e emocional, a diretora pontua que as aulas presenciais proporcionaram aos pequenos a saída da “cabana” em direção à vida do encontro. “A gente precisa garantir que todo o desenvolvimento físico, emocional e social aconteça, e, para isso, a escola é importante, pois é um espaço de encontro.”

A diretora da unidade da 912 Sul do Colégio Sigma, Carolina Darolt, conta que, embora o Sigma tenha adotado o modelo híbrido de ensino, isto é, presencial e on-line, grande parte dos alunos escolheu voltar ao convívio presencial. “É preciso restabelecer o convívio social dessas crianças e desses adolescentes que permaneceram em casa durante esse longo período. Precisamos ter cuidado e delicadeza para fortalecer o trabalho que preza pela qualidade nas relações. O acolhimento, as rodas de diálogo, o fortalecimento das vozes ativas na escola precisam ser considerados etapas importantes nesse cenário.”

Diego Coelho, 7, teve que lidar com um desafio em dose dupla: além de estudar no contexto pandêmico, a transição para o ensino fundamental coincidiu com uma mudança de escola. “O início das aulas foi diferente para o meu filho. A escola era grande, os amiguinhos desconhecidos, todos usavam máscaras, não havia festas de aniversário nem encontros nos parquinhos”, relata a mãe, Diana Coelho, 38.

A servidora pública acrescenta que Diego é tímido e ainda não tinha desenvolvido a postura de autonomia que o ensino fundamental exige, o que fez com que ele tivesse dificuldades na nova escola: “O primeiro comportamento do meu filho foi se fechar. Não falava com ninguém, não fazia as atividades, não interagia”.

Graças ao apoio da família e de educadores, aos poucos, Diego conseguiu se adaptar ao ambiente escolar. “A postura da escola foi de resgatar meu filho, entendendo que ele estava sofrendo e precisando se sentir amado e pertencente ao grupo. Com o apoio e os conselhos da escola, Diego iniciou terapia, e, em casa, começamos a reforçar o quanto ele é amado e querido. Não seguir numa educação punitiva e apostar numa educação baseada no amor, na conversa e no incentivo fez toda a diferença. Tenho certeza de que é o início de uma longa e linda jornada de estudos, amizades e aventuras”, diz a mãe, otimista.

A um passo para recomeçar

Representante de turma, Ana Luiza procurou os colegas que estavam com dificuldades no isolamento
Representante de turma, Ana Luiza procurou os colegas que estavam com dificuldades no isolamento (foto: Arquivo pessoal)

A rede pública se prepara, depois de um ano e cinco meses, para voltar ao presencial em agosto. Para tornar o funcionamento possível, a Secretaria de Educação lançou um documento com informações sobre os protocolos de biossegurança em relação à covid-19, assim como ao acolhimento socioemocional e pedagógico.

“Neste primeiro momento, é importante criar esse espaço de escuta para entender as novas demandas que surgem. É importante saber como estão os alunos, gestores e famílias. Esse acolhimento vai se estender por várias semanas”, explica Leonardo Vieira, psicólogo escolar e gerente do Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem da Secretaria de Educação do DF (SEDF).

Ele ressalta que será necessário transportar a convivência no lar para o ambiente escolar: “Uma dificuldade que vai vir, especialmente com as crianças menores, é voltar a ter esse desprendimento de novo, porque foi mais de um ano dentro de casa, vivendo intensamente com a família. Então, a gente vê um processo que é de desligamento com a família e de voltar a ter na escola outro espaço social, de encontro, de relações e, claro, de aprendizagem”.

Com vistas a atender à nova realidade, várias escolas do DF passaram por reformas ao longo do período em que estiveram fechadas. Segundo Leonardo a previsão é de que tudo esteja pronto até agosto para que a retomada seja possível. “É importante estarmos preparados para atender os professores, outros profissionais da escola, além dos estudantes.”

A estudante Ana Luiza Gomes, 14, está contando as horas para voltar às aulas presenciais. Como o rendimento escolar foi comprometido no ensino remoto, ela acredita que frequentar a escola vai ajudá-la a recuperar o foco: “Concentrar-me sempre foi um grande desafio, pois estar em casa dificultava bastante. Também me cobrava para conseguir rendimento total nos estudo. Por isso, estou muito ansiosa para o início das aulas presenciais, com uma grande expectativa que logo voltaremos ao nosso normal.”

Durante o período de ensino a distância, a estudante buscou dar assistência aos alunos para fortalecer os laços de comunicação e diminuir a falta que o contato presencial faz. “Fui escolhida como representante de turma e dediquei total assistência aos alunos, para que eles fossem mais comunicativos, até mesmo entre si. Tive conversas com alguns, trabalhando o medo e a dúvida, em busca de uma socialização melhor”, comenta Ana Luiza.

Novo modelo educacional

O cenário de mudanças abriu portas para a implementação de um novo modelo educacional. “A escola virou um espaço de reencontro, um grande centro de afeto, de ressocialização e de resgate pedagógico. Hoje, ela tem a missão de proporcionar a alegria do reencontro, de mostrar que é um lugar de aprender, mas também de reunião, de estarmos juntos novamente”, reflete a diretora-executiva da escola Eleva, Isabella Sá.

Para Leonardo Vieira, como a escola faz parte de uma sociedade complexa, ela não pode ficar à margem do que acontece no lado de fora. “A pandemia trouxe um olhar diferente para escola, e também nos fez perceber que outras dinâmicas, outras formas de educar são possíveis.” O isolamento mostrou o papel de apoio que as ferramentas tecnológicas podem oferecem ao aprendizado, como também colocou em evidência a importância das relações sociais.

“Devemos pensar neste ambiente escolar e ver como ele pode ser mais produtivo, mais rico de experiências e realmente potencializar o desenvolvimento humano, que é o foco da escola sempre. A aprendizagem mobiliza e faz o sujeito se desenvolver em todos os níveis possíveis. A gente precisa entender que é uma escola nova que surge agora. Não dá para voltar depois de tanto tempo afastados ao modelo antigo. Precisamos tirar das experiências o que é necessário, ver o que não deu certo, avaliar as lacunas que existem, mas, também, tirar dessas experiências aquilo que nos faz crescer e replanejar ações”, complementa o psicólogo.

Carolina Darolt concorda que é necessário apurar o olhar para os ganhos e as perdas da pandemia. “Perdemos com o afastamento do convívio social entre alunos e professores e colegas de trabalho, mas, por outro lado, construímos pontes para que o aprendizado fosse alcançado em cenários digitais. Potencializamos a autonomia, a postura de estudante e o compromisso com a aprendizagem. Agora, será preciso um exercício responsável para que a aprendizagem seja resgatada individualmente e para que a escola continue fazendo o que sempre fez: observar, analisar e desafiar o aluno para que ele transforme seu potencial em grandes realizações”, pondera.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte 

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    Letícia pedia todos os dias para voltar à escola e rever os amiguinhos Foto: Arquivo pessoal
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