Especial

O câncer de mama em mulheres jovens: a vida depois do diagnóstico

Diagnóstico devastador, sim. Mas o câncer de mama não é sentença de morte. Mulheres diagnosticadas antes dos 45 anos contam como apostaram em uma vida de qualidade para seguir em frente (e bem!)

Giovanna Fischborn e Carolina Marcusse*
postado em 24/10/2021 08:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Outubro é o mês vinculado à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. São 30 dias marcados por informações e alertas, que visam atingir o maior número de pessoas a respeito do segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres.

Mais do que nunca, a campanha é importante em um momento de queda nos exames preventivos ligados à doença. O número de mamografias de rastreamento, indicadas como parte da rotina de cuidados para mulheres a partir dos 40, despencou 84% de 2019 para 2020. A estimativa é da Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede privada, o percentual de exames feitos caiu 46,4%.

E se engana quem pensa que apenas mulheres com idades acima de 50 ou 60 anos desenvolvem a doença. Essa postura leva ao descuido e aumenta o perigo de descobrir o câncer somente em um estado avançado, mais difícil de ser tratado.

O médico oncologista Anderson Silvestrini explica que a neoplasia é mais comum de aparecer na faixa acima dos 40 anos, idade que a Sociedade Brasileira de Mastologia (IBM) recomenda a mamografia anual. Mas pode ocorrer antes disso. Apesar de ser minoria, o câncer em mulheres mais jovens tende a ser mais agressivo, principalmente se descoberto tarde. Por outro lado, ele afirma que as taxas de recuperação nunca foram tão boas, graças a tratamentos voltados para facilitar a adesão ao acompanhamento e reduzir os efeitos colaterais.

Em desacordo com o senso comum, a minoria das mulheres que desenvolvem câncer de mama tem relação direta com fatores hereditários, ou seja, possuem as mutações nos genes que ampliam a probabilidade do surgimento do tumor. A causa da doença, para a maioria dos casos, é multifatorial — algumas causas ainda desconhecidas e outras diretamente relacionadas, como a obesidade, que é fator de risco e com a qual o tratamento fica mais difícil, porque demanda cuidados específicos, principalmente cirúrgicos.

Por isso, hábitos de vida saudáveis, como exercícios físicos frequentes e consumo moderado de álcool, aliados a exames de rastreamento rotineiros são importantes. No entanto, existem particularidades. Mulheres mais jovens têm mamas mais densas, o que dificulta a investigação, pois pode levar a resultados mais imprecisos. Elaine Ribeiro, profissional de enfermagem, viveu esse tipo de situação.

Elaine e o filho
Elaine e o filho (foto: Arquivo Pessoal)

Com apenas 34 anos na época, notou, uma única vez, um líquido saindo de sua mama e, por estar a caminho de realizar a consulta anual com a ginecologista, trouxe a questão para a especialista. A médica realizou o toque, mas não notou outras alterações, além do relato da paciente. Por se tratar de uma mulher jovem e sem histórico na família que indicasse risco fora do habitual, não recomendou a mamografia ou outros exames. Por estar rodeada de informações sobre o Outubro Rosa, incluindo no saguão do hospital no qual estava se consultando, decidiu insistir para uma investigação aprofundada.

Após a persistência, fez a ecografia. “Recebi, inclusive, parabéns do profissional que realizou o exame. Na despedida, ele me informou que só nos encontraríamos no ano seguinte, pois não apresentava nenhuma anormalidade.” Apesar das palavras tranquilizadoras, Elaine decidiu continuar analisando. Realizou outro exame, a mamografia, e com este teve outro resultado, voltou para a médica e, em seguida, foi direcionada para a mastologista, para investigações ainda mais precisas.

Investigando a fundo


Recebeu o diagnóstico de que se tratava de um câncer extremamente agressivo, que demandaria cirurgia e tratamentos a longo prazo. Mesmo com a suspeita pessoal do que poderia se tratar, o resultado, ainda assim, foi um choque e gerou um grande desespero: sensação de que tinha recebido uma sentença de morte. Os primeiros pensamentos de Elaine foram para o filho de apenas 9 anos de idade, que dependia dela, e nos parentes próximos, que tinham passado pela perda recente da matriarca da família.

Depois do susto, com os direcionamentos de médicos e enfermeiros, ela foi se tranquilizando e conseguiu focar no tratamento, no que estava ao seu alcance. Recebeu muito apoio do irmão e da cunhada, que a ampararam em todos os momentos, sobretudo os mais difíceis, como a quimioterapia. Os amigos pessoais e os colegas da faculdade que ela cursava na época também ofereceram muito apoio e foram importantíssimos. Além desses, ela e seu filho tiveram acompanhamento com uma psicóloga, que os auxiliou a lidar com todas as inseguranças do período.

Hoje, seis anos após o diagnóstico, ainda precisa fazer uso de um remédio, mas conta que já vive outra realidade e compartilha sua história para levar esperança, informação e apoio para todas as pessoas vivendo essa situação. Chegou a dar palestras em empresas, faculdades, ONGs, hospitais e a participar de grupos de mulheres, trazendo sua visão real do que o paciente passa. Ela conecta a perspectiva técnica da sua formação, como profissional da saúde, com seu olhar humano de quem viveu e entende como é sobreviver a todas as etapas. 

Elaine Ribeiro palestrando para um grupo de mulheres sobre o câncer de mama
Elaine Ribeiro palestrando para um grupo de mulheres sobre o câncer de mama (foto: Arquivo Pessoal)

Diagnóstico crescente em jovens

A idade é o fator de risco mais importante em todos os tipos de câncer, segundo a médica Patrícia Schorn, coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia e especialista em câncer de mama. Ainda assim, casos em pessoas mais jovens parecem acontecer cada vez mais.

Para Patrícia, o aumento de diagnósticos em mulheres jovens pode se dar por dois motivos. Primeiro, graças à capacidade de um diagnóstico precoce, agora mais acessível, alinhado a campanhas de educação. Mas a mudança no estilo de vida, impulsionada pela modernidade, também pode ser um fator. “Quando as mulheres priorizam o trabalho, deixam para engravidar mais tarde ou não engravidam, é uma possível explicação para esse aumento.”

Isso porque, como explica a oncologista, quando a mulher menstrua pela primeira vez, passa a ter ciclos ovulatórios, com grande exposição de hormônios. Aquelas que engravidam encurtam esse ciclo e ficam menos expostas à variação hormonal. Vale também para a amamentação. “Da mesma forma, uma menstruação precoce e menopausa tardia são mais favoráveis ao aparecimento da doença”, completa. Ainda assim, Patrícia ressalta que essas são apenas tentativas da medicina de explicar o cenário em mulheres mais jovens. “A maioria dos casos é, sim, aleatório”, afirma.


Conexões virtuais

Michele Salek tinha apenas 26 anos quando descobriu um nódulo no seio. Resultados da ultrassom e da biópsia confirmaram que se tratava de um câncer invasivo. Ela soube, ainda, que era portadora de mutação genética e teve que tomar uma série de decisões em sua vida pessoal, como congelamento de óvulos e uma dupla mastectomia preventiva.

Em uma busca por pessoas com histórias de vida parecidas e que, diferentemente dela, já tinham superado a doença, começou a procurar em hashtags e perfis de famosas para acompanhar e entender mais sobre a realidade que agora ela estava inserida. Saindo da posição de espectadora, começou a usar a própria conta no Instagram para dividir sua experiência e mostrar a realidade na rede social, que apresentava muitas possibilidades. Aos poucos, viu seu perfil crescer e muitas trocas aconteceram. Chegou a conversar com mulheres de vários estados, que dividiam suas angústias, faziam perguntas e ofereciam conforto.

Michele atua como voluntária na ONG Oncoguia e tem um canal no YouTube
Michele atua como voluntária na ONG Oncoguia e tem um canal no YouTube (foto: Arquivo Pessoal)

Hoje, Michele conta com mais de 8 mil seguidores acompanhando sua rotina, sendo impraticável responder a cada mulher individualmente, como fazia no início. Para isso, criou um canal no YouTube a fim de espalhar informações seguras e empoderar as mulheres. Ela afirma que há muito cuidado com toda a informação disposta nos vídeos e sempre insere links e direciona o público para sites confiáveis, pois, apesar de na internet existirem pessoas bem-intencionadas, há também muitas notícias falsas e desinformação, como “curas milagrosas” e outras mentiras que apenas prejudicam a paciente.

Nesse sentido, ela destaca que a Oncoguia, uma ONG para garantir os direitos dos pacientes com câncer, a auxiliou muito no processo. Além da rede de apoio fantástica com que Michele contava em casa, também tinha uma organização com pessoas dispostas, acolhedoras e com conhecimento bem embasado. A ONG tem colaboração de médicos e especialistas, um site completo com recomendações e abas para tirar dúvidas.

Além de atual voluntária da Oncoguia, Michele encontrou forças nas artes marciais. Com o fim da quimioterapia, a terapia hormonal continuou, e o jiu-jitsu foi um grande aliado nesse momento, pois se trata de um exercício físico que ela consegue incluir na rotina e que faz com que se sinta bem. “No pós-câncer, foi no esporte que me senti mais viva, foi o que trouxe mais alegria para os meus dias”, relata.

Indicações para se cuidar


* Mulheres devem fazer a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos, se não tiverem fator de risco; e dos 35 se tiverem fator de risco.
* O autoexame não substitui a mamografia.
* Filhas de mulheres que foram diagnosticadas jovens (entre 35 e 40 anos ou antes) devem fazer o rastreio 10 anos antes da mesma idade que a mãe descobriu o câncer. Exemplo: se a mãe teve câncer aos 35, a filha dela deve iniciar o rastreio com 25 anos.
* Recomenda-se fazer testes genéticos. Se uma mãe testada para pesquisa de mutação de genes e apresentar mutação, a filha também deve ser testada.

 

Outubro o ano todo

Rosângela Paulino, de 46 anos, sabe bem o papel dos grupos de apoio. Depois do diagnóstico, em 2019, aos 44 anos, ela começou a reunir mulheres em um grupo do WhatsApp, para conversarem e se acolherem. O intuito também é arrecadar doações. O Pérolas Vencedoras (@perolas_vencedoras) aceita cestas básicas e medicação, como o tamoxifeno, em falta na rede pública. Já são 25 integrantes. Ela estima que o grupo esteja com 100 mulheres no próximo ano.

Rosângela criou o grupo de apoio Pérolas Vencedoras
Rosângela criou o grupo de apoio Pérolas Vencedoras (foto: Arquivo Pessoal)

O projeto é fruto da vontade que Rosângela tem de ajudar outras pessoas. Ela já fazia ações para o Dia das Crianças, Natal e algumas até voltadas para a conscientização do câncer de mama, mas, quando a doença chegou, viu mais de perto a desesperança de quem tinha menos. “Mulheres que não encontraram apoio algum em casa, que foram rejeitadas pelo marido, que não se gostam, que perderam o emprego”, conta.

Apoio em casa, Rosângela teve. “Estava recém-casada, com dois filhos de outro casamento, bateu insegurança, sim, mas ouvi da minha família que lutaria comigo.” A dinâmica de trabalho, porém, mudou. No ano do diagnóstico, ela estava à frente de um restaurante e se preparava para reformá-lo. Então, os planos passaram a ser outros. Desempregada desde então, o grupo vem servindo de suporte também para ela.

Rosângela também arranja psicólogo, assistente social, advogada e oncologista para o Pérolas Vencedoras. Assim, as mulheres podem tirar dúvidas sobre os direitos que têm, como conseguem auxílio e medicação, além de disporem de suporte psicológico.

São muitos os desafios para manter o grupo, mas ela segue firme: “A gente não pode parar. Ao mesmo tempo, precisamos de tempo para as coisas fluírem. Sei que o grupo vai crescer e vamos conseguir cada vez mais apoio para as mulheres mais carentes”, diz.

Três perguntas para Afonso Nazário, mastologista do Hcor

O câncer de mama dói?
Muito raramente. Nos estágios iniciais, os tumores podem se apresentar sob a forma de microcalcificações ou nódulos impalpáveis, por isso, a recomendação da realização do exame de mamografia a partir dos 40 anos, ou antes disso, em casos individualizados.

Quem toma anticoncepcional tem mais chances de desenvolver câncer de mama?
O uso do anticoncepcional aumenta discretamente o risco para câncer de mama, se feito prolongadamente. Após a suspensão, em um intervalo de 10 anos, o risco passa a ser igual ao de quem nunca tomou o medicamento.

A ocorrência de nódulos nos seios pode aumentar o risco para câncer de mama?
Não. A presença de nódulos benignos nos seios é muito comum e não tem relação direta com o câncer de mama. Somente um tipo de nódulo específico, com atipia, poderia aumentar esse risco, mas é raro.

 "Não sou vítima"

Quando perguntada se toparia aparecer na capa da Revista desta edição, a resposta de Kátia Santana foi direta: “Claro! Estou na vida para isso mesmo, para me permitir viver o que há de novo”. Kátia foi diagnosticada com câncer de mama aos 41, quando os exames indicaram um nódulo maligno de crescimento rápido no seio. Ela não tinha histórico na família, nunca foi de beber e não fumava.

Passados os tratamentos — que incluíram mastectomia bilateral radical (retirada das duas mamas), quimioterapia, imunoterapia e terapia hormonal —, Kátia, hoje aos 46 anos e funcionária pública aposentada, diz viver a fase ótima da vida. Para ela, a doença a libertou. “À época do diagnóstico, eu acordava às quatro da manhã todos os dias, pensava que passaria no concurso dos sonhos. Então, ia cedo para o trabalho e só voltava para casa perto das nove da noite. Engraçado que costumamos achar que temos todo o tempo do mundo”, conta.

Katia Santana
Katia Santana (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Kátia continua levantando cedo, antes das seis, mas para correr; depois, vai à academia. Movida por uma “força de vida muito grande”, cuidar de si tornou-se indispensável, tanto para evitar novos focos da doença como para fazer o hoje valer a pena. “Faço um presente maravilhoso para que o futuro, se chegar, também seja maravilhoso”, completa.

Os cinco anos desde a descoberta do câncer contam uma história de fé, de apoio da família, principalmente das irmãs e amigos, de atividades em grupos de apoio, de um divórcio e de viagens, inclusive, uma sozinha. Recentemente, Kátia viajou para Ouro Preto: “Sentava no bar, bebia minha cervejinha, ouvindo música voz e violão. Eu me emocionava”. Diz que a jornada vem sendo de reencontro consigo mesma.

Durante o tratamento, Kátia se apegou à fé. Propôs-se a não se lamentar, chegava na quimioterapia sorrindo. Ela conta que se arrumava, alimentava-se bem, fazia as unhas e buscava se manter sempre muito positiva. “Hidratava o cabelo, mesmo que ele estivesse caindo. Não encarei como um castigo”, lembra. Ela também conseguiu manter uma vida social ativa. Depois que descansava da quimio, saía para lanchar ou ficava com as amigas.

Acolhimento


Kátia tinha 13 nódulos benignos nos seios quando sentiu que algo não ia bem em uma das mamas, justamente onde, depois, foi diagnosticado o câncer. Àquela altura, por causa dos nós existentes, fazia ecografia a cada seis meses para acompanhamento. “O autoexame já não era o suficiente, mas, até então, tudo bem”, recorda-se. E é claro que a notícia da doença foi um baque. “Aconteceram todos os ‘clichês’ que falam sobre o diagnóstico. Chorei o dia todo, pensei que iria morrer.”

Além da família, ela atribui o fato de ter conseguido passar por essa fase com mais tranquilidade aos bons médicos que a acompanharam — aliás, médicas. Desde o início, ela foi conduzida por uma equipe toda feminina, que a apoiou quando ela perdeu as mamas e, até hoje, com quem Kátia se consulta por horas. “Sei que a maioria das mulheres não tem acesso à saúde de qualidade, quanto mais escolher o corpo médico. Mas esse acolhimento fez, sim, muita diferença.”

O estigma é outro ponto desafiador quando se fala do câncer de mama. Kátia viu pessoas se afastarem: “Amigos que achavam que eu ia transmitir a doença para eles”. É preciso bom senso para falar com o paciente oncológico. A aposentada reforça que não cai bem arrumar justificativas para a doença, causar desesperança ou mesmo propor fórmulas milagrosas de cura. “O tratamento em si já é tão penoso. O paciente oncológico tem sentimentos e desejos, quer ser ouvido, quer abraço, presença e cuidado”, reitera.

Dignidade humana e feminina


Oncologista e coordenador do Centro de Oncologia Dasa Brasília, Fernando Vidigal aponta que se manter firme no propósito de realizar o melhor tratamento possível, aliado ao apoio familiar, à espiritualidade e aos bons relacionamentos, realmente pode ser positivo para o tratamento.

Kátia Santana teve depressão com a terapia hormonal, considerada, por ela, a parte mais difícil do tratamento. Assim como ela, outras mulheres podem ter alteração psiquiátrica. Por isso, Fernando explica que o suporte psicoterápico é fundamental, seja em qualquer fase.

“A jornada da paciente com câncer de mama tem muitos momentos. Dado o diagnóstico, é comum passar por transtornos de adaptação, muitas vezes, confundidos com um quadro depressivo. Depois, os efeitos colaterais da quimio levam a questões de autoimagem. Mais tarde, os exames de avaliação de resposta ao tratamento podem causar ansiedade”, pontua. Para o oncologista, os grupos de apoio também são importantes para que as mulheres se sintam bem.

Debate


Atualmente, o projeto de decreto legislativo PDL 679/19 do Senado susta a portaria do Ministério da Saúde que mantém a mamografia de rastreamento em mulheres a partir dos 50 anos. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) tem a mesma posição do Ministério. A relatora, a deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), defende mudança nessa recomendação do exame, para que seja feito, anualmente, a partir dos 40 anos, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

 

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