Especial

Farra em família

Ana Maria Pol
postado em 19/12/2021 00:01
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Para a aposentada Maria Teresa Vieira Tosi, 59 anos, o último Natal deixou um vazio. Mãe de três, ela conta que precisou passar a festividade afastada dos filhos e, este ano, vai aproveitar o avanço da vacinação para se reunir com a família toda. "Eu tenho três filhos, uma mora em Brasília, e os outros dois em São Paulo e Belo Horizonte, então não nos encontramos. Foi muito ruim, fizemos uma videochamada, ficamos conversando, o que fez com que o coração aquecesse um pouquinho", diz.

Depois da festividade, Maria conta que chegou a se encontrar com os filhos que moram em outros estados, mas, até então, a família não estava completa nas reuniões. "Eu e meu marido fomos os primeiros a tomar a vacina e estivemos com os filhos separadamente, mas essa é a primeira vez que eles vão se reunir. Montamos toda uma programação para este momento."

Para este ano, a família decidiu alugar uma casa a 70 quilômetros de Belo Horizonte. "Vamos passar uma semana juntos, aproveitando o recesso de Natal. Nós temos uma família grande, mas optamos em fazer este momento apenas com os filhos para não aglomerar muitas pessoas. Vamos poder matar a saudade desse abraço coletivo", explica a aposentada.

Para Maria, o último ano serviu como aprendizado. "Entendemos ainda mais a importância das pessoas e como precisamos desapegar de certas coisas. Agora, estamos focados em estar juntos, conversando, falando sobre o que foi vivenciado por cada um, do que se presentear. Combinamos de ser um momento de papo, conversa, resgate do carinho, amor", completa.

Saudade acumulada

A microempreendedora Mayara Nogueira, 29 anos, aproveitará o fim de ano para matar a saudade da família que mora longe. Com os avós morando em Minas Gerais, a família costuma visitá-los uma vez ao ano, sempre no réveillon. Porém, com a pandemia, a visita precisou ser adiada e, já vai completar três anos que eles não se reúnem. Agora, com todos vacinados, Mayara conta que pretende aproveitar o momento. "É muito importante, porque, além de serem meus avós, meu filho vai poder estreitar o laço com os bisavós, algo que poucos têm a oportunidade", diz.

Para a microempreendedora, os últimos dois anos foram ruins. "O distanciamento é ainda maior porque moram em outro estado. Então, é algo mais difícil de lidar; às vezes, ficamos preocupados sem saber se estão bem mesmo. Estou bem feliz de saber que vou conseguir vê-los, porque fazem muita falta. Desde a chegada da pandemia, foi difícil ficar longe.

"Mas, de acordo com Mayara, o momento ainda será difícil. Isso porque acredita que, ao vê-los, não será possível correr para um abraço. "A vontade é correr para dar aquele abraço apertado, mas como vamos viajar, ter contato com outras pessoas, precisamos manter as regras de segurança. Então vou abraçar, mas depois de um banho bem tomado", garante.

Para ela, a alegria de poder viver este momento próximo dos avós é grande, apesar da pandemia. "Não estamos livres, mas sabemos que estamos todos bem e que vamos celebrar a saúde, a vida e aproveitar aquele momento com todos. Infelizmente, a pandemia mostrou que a falta de convívio faz com que os anos passem muito rápido. Então, é importante aproveitar cada momento e situação, é o principal, a família, a união, o carinho e o amor", completa.

 

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