Depois de duas edições que começaram bombando, o Big brother Brasil deste ano amarga um início de temporada em marcha lenta. Só não é mais lenta porque a Globo finalmente acertou no trio que comanda e movimenta o reality show aqui fora: Tadeu Schmidt, Dani Calabresa e Paulo Vieira.
Tadeu Schmidt deixou o Fantástico para comandar o que nos acostumamos a chamar de "nave louca". E ainda deu o azar de receber a missão depois do melhor ano de seu antecessor, Tiago Leifert, à frente do reality. Mas o apresentador derrubou daqueles cavalinhos das torcidas quem se antecipou e o criticou antes mesmo da estreia não foram poucos!
Em quase três semanas, Tadeu já mostrou que foi uma escolha acertada. Se ainda não tem o respeito de quem está lá dentro da casa e insiste em não reconhecer a autoridade dele no programa, o jornalista imprime um ritmo próprio ao programa. É o da leveza, mesmo na hora de dar broncas no pessoal. No discurso da eliminação de Rodrigo, na última terça, Tadeu mostrou sensibilidade e inteligência. E ainda tem mais: ele não age como quem também está no jogo e deixa os brothers soltos, sem muita interferência desnecessária. Para quem acaba de sair da cobertura esportiva, Tadeu marcou um gol de placa.
Assim como Tadeu, estão muito bem seus "auxiliares" cômicos. Dani Calabresa manteve a qualidade que Rafael Portugal imprimiu no quadro C.A.T. BBB. E ela foi além: Dani é um pouco mais ácida do que Rafael, o que combinou perfeitamente com o quadro. Curioso como ela não funciona no Dani-se, programa que comanda no GNT. O problema deve estar no roteiro, que no BBB é mais redondo.
Em ótima fase na carreira, Paulo Vieira está brilhando no Big terapia, quadro no qual ataca de terapeuta do eliminado da semana. Material para que ele faça piada não falta. E ele aproveita cada brecha.
Se o pessoal de dentro da casa não ficar esperto, o público vai sintonizar o BBB22 para ver quem está aqui fora.
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