Nas últimas semanas, alguns acontecimentos assustadores botaram em xeque a noção de que somos um povo civilizado. O crime contra um homem empenhado em trabalhar nos fez entender que estamos precisando muito de uma profunda reflexão, afinal, Moïse somos todos nós.
No entanto, agora, mais do que nunca, é hora de nos concentrarmos numa mensagem de esperança, capaz de nos arrebatar da angústia causada pela violência inadmissível a que estamos todos sujeitos.
Escolher companhias capazes de nos manter em um estado interno equilibrado, sem dúvida, é a atitude mais sábia e benéfica em momentos difíceis como este.
Percebi que o tom de alguns posts no Instagram incitavam ainda mais violência, como se a tragédia de um justificasse atitudes agressivas de outros.
Estremeci diante da notícia do assassinato covarde de Moïse sim, mas me recolhi, meditei e depois retomei minhas atividades como embaixadora da Paz com uma convicção ainda maior de que apenas uma mudança de cultura pode imprimir um significado mais amplo a este momento. É urgente que uma mentalidade firme e resiliente se sobressaia à postura bélica que serve apenas para reproduzir incessantemente o horror da triste cena. O autodiscernimento é a saída mais favorável.
Em vez de insuflar o ódio e a vingança, o momento exige de todos uma sábia capacidade de evitar as palavras amargas, mesmo diante da indignação.
Ao me manter atenta a oportunidades de mudar a realidade por meio da suavidade, eu me torno cada vez mais uma influência positiva nos ambientes por onde circulo.
Meu convite ao amigo leitor, neste domingo, diz respeito ao cultivo da calma como base da construção de uma sociedade lúcida e capaz de transformar as mais terríveis situações em oportunidades de agir de forma madura.
Que a busca contínua de um temperamento sereno possa desenvolver em cada um de nós traços benignos, e que a soma das atitudes movidas por esses traços benignos possa se traduzir em uma comunidade pacífica.
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