É impressionante constatar o quanto optamos pelas repetições. Eu, você, o seu chefe, o guardador da vaga de carro, enfim... todos os dias repetimos mecanicamente nosso repertório de gestos! Ao lavar a louça, escovar os dentes, dirigir o carro a caminho da escola dos filhos, cada um segue sua rotina, repetindo-se incessantemente até a morte!
No entanto, as possibilidades que se escondem por trás de nossas rotinas previsíveis são inesgotáveis. Mesmo dentro do cérebro, as conexões criadas pelas redes dos neurônios tendem a ser sempre as mesmas, mas, diante de qualquer estímulo, novas possibilidades podem se abrir.
Neuroplasticidade é o nome dado a esta capacidade que o cérebro tem de criar redes de conexões dos neurônios por meio de suas miraculosas sinapses, que, de uma forma ou de outra, comandam nossos músculos de modo a botar o corpo em movimento, ou os pensamentos que surgem e nos impulsionam a ir nesta ou naquela direção. A verdade é que não estamos condenados à mesmice que reina em nossas vidas. O cérebro sempre pode encontrar uma forma genial de inventar soluções quando isso lhe é solicitado. E a forma como isso acontece, muitas vezes, é por circunstâncias aparentemente desfavoráveis, como doenças ou acidentes. E esse órgão incrível nunca deixa a desejar... inventa, cria, inaugura novas vias!
Mas se as possibilidades são tão vastas, por que será que nos contentamos com um repertório tão restrito?
O corpo é um instrumento, geralmente, mal tocado por nós. É como se fôssemos pianistas, mas tocássemos as músicas em apenas uma oitava, deixando todas as outras anuladas por falta de uso.
Precisamos brincar mais, relaxar, permitir que coisas inusitadas nos ocorram! Brincar estimula o nosso repertório de gestos.
A variação do repertório de gestos estimula a nossa neuroplasticidade, que possibilita a nossa resiliência, enquanto o movimento criativo estimula a nossa cognição.
Durante o desenvolvimento humano, a primeira inteligência é sensório-motora. Quanto mais estímulos, mais desenvolvimento, mais resiliência. Hoje, para nos movermos e termos saúde, usamos os esportes, as academias, as praias, as montanhas, as artes, mas, mesmo numa tarefa cotidiana, como por exemplo varrer uma casa, podemos experimentar diferentes repertórios de gestos.
O ator trabalha muito com o estudo sobre esse repertório. Experimente andar e observar como é o seu caminhar. E quem sabe até abusar da criatividade e inventar um novo caminhar? A educação somática deveria ser ensinada nas escolas como uma brincadeira. No método de educação somática Thérèse Bertherat, a Antigym, (@antiginasticaoficial,www.antiginastica.com) estimula-se e desenvolve-se a consciência e a liberdade corporal: como é sua pisada? Qual é a amplitude de movimento das suas articulações? A Antigym busca estimular isso de uma forma lúdica, poética e prazerosa, no ritmo, possibilidades e limites de cada um conhecer o seu corpo e saber como ele funciona e se organiza.
É uma jornada terapêutica de autoconhecimento, pois cada um tem seu ritmo próprio, sua organização específica, mas todos temos muita coisa em comum. O corpo sempre busca o equilíbrio. O prazer e a dor são a bússula. Nessa jornada de autoconhecimento, a Antigym te conduz com muita autocompaixão, ampliando a mobilidade e agindo, assim, também sobre a personalidade!
Aqui em Brasília, a @bel-nabuco, profissional de @antiginasticaoficial, pode te conduzir nessa viagem presencialmente e também virtualmente. Eu estou fazendo esses experimentos com meu corpo orientada por ela já faz tempo e quero usar este espaço de reflexão para recomendar ao amigo leitor que também se lance nessa aventura!
Certamente, será um novo rolê em sua vida.
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