Carla Frazão, 33 anos, é professora de dança, coreógrafa e apaixonada pela energia do carnaval. Curtiu muito em anos anteriores. E em 2021, organizou um evento com outras mães para fazer um flashmob de carnaval.
Ação curiosa e criativa, no flashmob, as pessoas se organizam previamente e, depois, se reúnem para uma apresentação em público. Nesse caso, a performance foi usada para não só impactar, mas divertir e reunir um grupo pequeno de pessoas em tempos de festa. Tudo com máscara, distanciamento e muita vontade de dançar.
Para Carla, 2021 foi, sim, marcante. Mas a comemoração deste ano tem tudo para também ser especial. Acompanhada do marido, Djalma Torres, 37, e o filhinho deles, Renato F. Torres, de 2 anos, a fantasia é uma das atividades favoritas do trio e atividade certa para este carnaval. No último ano, estavam todos a caráter de turma do Mario, todos combinando, cada um com um personagem.
Desta vez, Renatinho deve se fantasiar e os pais, claro, estão pensando em como se enfeitar para a farra. O desafio — e motivo de felicidade — é que Carla está grávida, já com 8 meses. "Estou pensando em uma fantasia que caia bem na barriga", brinca.
A gestação foi, inclusive, um dos motivos para a família passar o carnaval em casa, com mais cautela, para preservar a saúde de todos, principalmente, de Carla e do bebê: "A médica recomendou evitar lugares com muitas pessoas. E, de toda forma, chove muito nesta época, então, fazemos algo legal nós quatro, nos reinventamos".
Eles pretendem usar muito o ambiente livre em casa para dançar e cantar. "Temos uma piscina de bolinhas e um bom espaço. Daí colocamos uma música, um fitdance e simplesmente cantamos e dançamos. Outra coisa que gostamos de fazer é contar histórias", conta Carla. Play na playlist e play na festa.
Renato não tem primo na cidade e, na escolinha, não terá carnaval. Mas as músicas infantis e a programação da tevê ajudam a estimular a atenção e os movimentos do garoto, que se entretém, pula, corre pela casa e aproveita para criar brincadeiras. O melhor é que a família toda acaba entrando nessa.
Festejar é importante
Comemorar é importantíssimo para o ser humano. Isso porque, como explica o psicólogo Rafael Braga, as celebrações e períodos off funcionam como recompensa depois de muito trabalho. "Alguns costumam dizer que o ano só começa depois do carnaval, mas não é verdade. Em janeiro, temos várias contas para pagar, ainda é um período cansativo, estamos nos recuperando de um fim de ano estressante." Por isso, pegar o carnaval para descansar ou até mesmo para trabalhar e colocar a vida em dia, dá sentido ao cérebro.
Agora, quem costuma celebrar ou tem a renda associada ao carnaval não pode usufruir disso tudo de forma ativa. É como se a recompensa nos fosse retirada. "Principalmente para quem depende da folia, a privação pode trazer ansiedade e depressão", aponta Rafael.
Você, provavelmente, conhece aquela pessoa que não liga muito para a farra desta época. Pular carnaval na rua? Que besteira. Mas cada um lida com a folia de uma forma. Para alguns, é muito relevante. Assim, ainda segundo o especialista, há uma sensação coletiva de perda, e algumas pessoas podem chegar a entrar em processo de luto, incluindo as cinco etapas: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
E como impedir que as angústias tomem forma? "Reunindo-se com pessoas que sabemos que já tomaram as doses da vacina indicadas para cada faixa etária, em pequenos grupos de amigos e familiares. E lembre-se, a conexão com essas pessoas pode também ser virtual, não quer dizer que você não estará com elas", aconselha Rafael.
Para quem fica bem sozinho, renovando as energias, ótimo, é momento, também, para isso. E tenha em mente que as restrições atuais terão um significado futuro. Tudo por um bem maior.
Para entreter a criançada
Oficina de máscaras: queridinhas do carnaval, dá para confeccioná-las em família. As crianças podem explorar a criatividade. Para a criação, é possível usar modelos disponíveis na internet e materiais como a cartolina e o EVA. Um responsável deve ajudar durante o manuseio com tesoura, cola e materiais que possam ser colocados na boca pelos pequenos.
Folia na playlist: assim como Carla e família, aposte na playlist, ela é fundamental para animar os foliões, mesmo os pequenos.
Bloquinho em casa: dá para reunir a família ou até mesmo os amiguinhos da rua ou do condomínio na sala de estar.
Criar fantasias: pode ser improvisada ou muito bem trabalhada, o que importa é a criatividade e a diversão. É possível definir um tema, como fundo do mar, conto de fadas e selva, ou até mesmo deixar livre para que cada um se vista de acordo com a imaginação.
Fonte: Sharon Czitrom, Diretora de Marketing da Sunny Brinquedos
A folia é on-line
Programação das lives dos blocos tradicionais
3 de março, às 19h: Galinho de Brasília recebe Asé Dudu
4 de março, às 19h: Bloco dos Raparigueiros recebe Menino de Ceilândia
10 de março, às 19h Menino de Ceilândia recebe Bloco dos Raparigueiros
13 de março, às 19h: Liga dos Blocos Tradicionais
Fonte: com informações da Secretaria
de Cultura e Economia Criativa
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