Especial

Armadilhas do padrão: a perigosa busca por um ideal de beleza inatingível

A cobrança para seguir padrões disseminados a todo momento nas redes sociais pode provocar problemas sérios de saúde, física e emocionalmente

Ailim Cabral
Letícia Mouhamad*
postado em 13/03/2022 00:01 / atualizado em 13/03/2022 09:53
 (crédito: Kleber Sales/CB/D.A.Press)
(crédito: Kleber Sales/CB/D.A.Press)

Recentemente, a morte da cantora Paulinha Abelha, do grupo de forró Calcinha Preta, ganhou destaque nos noticiários brasileiros, em especial pelas prováveis circunstâncias que motivaram seu adoecimento. A quantidade excessiva de medicamentos para emagrecer, aliada a ingestão de outras substância, resultou em consequências graves, como insuficiência renal aguda e hepatite.

A artista, mesmo dentro do que seria considerado um padrão de beleza almejado, não estava satisfeita com o próprio corpo, assim como inúmeras mulheres que, cada vez mais cedo, rendem-se a procedimentos estéticos, dietas restritivas e remédios inadequados com os mesmo fins.

Historicamente, os padrões estéticos se modificaram conforme o momento social e até econômico. Marilyn Monroe, por exemplo, ícone de beleza dos anos 1950 impulsionado por Hollywood, tinha curvas admiradas, enquanto, nos anos 1990, os corpos magérrimos das supermodelos — que em culturas passadas seriam associados à pobreza e à fome — tornaram-se ambição de muitas meninas.

A socióloga e professora da Universidade de Brasília (UnB) Dulce Almeida explica que, no mundo ocidental, sobretudo a partir do século 19, constituiu-se um arquétipo associado aos estereótipos femininos da mulher europeia e da norte-americana: corpos magros, brancos e que recebem cuidados contínuos.

Nesse contexto, o capitalismo tem papel fundamental, dado que as referências corporais visam atender não apenas ao mercado de trabalho, como também ao da moda, da cosmética, da dietética e, assim, sustentar os projetos industriais da beleza. "Quando vemos a fotografia de uma mulher branca, magra e bem-sucedida, projetamos e reforçamos a ideia de que aquele é o modelo a ser seguido. Dessa forma, o espaço, em termos de representatividade, para corpos gordos, pretos e pardos é cerceado. Não podemos esquecer que a imagem fala por si", evidencia Dulce.

Parte dessa problemática se dá, também, pela antiga associação entre beleza física e felicidade, que ainda é difundida — e necessária para empresas e influenciadores do ramo. Em contrapartida, tem-se observado a ascensão de movimentos sociais de resistência e enfrentamento a esse projeto, como o Corpo Livre e o Body Positive, que possibilitam a revisão de imagens e discursos nas redes sociais e na mídia. "A presença de corpos diversos nos meios de comunicação reforça que a representatividade importa, posto que são os padrões apresentados pela indústria cultural que colaboram na construção da imagem corporal de crianças, adolescentes e jovens", enfatiza a socióloga.

Autoaceitação e libertação

Marilza trocou as pílulas pelos pedais e é mais saudável e feliz
Marilza trocou as pílulas pelos pedais e é mais saudável e feliz (foto: Arquivo pessoal)

“Fui gordinha a vida toda e já tomei de tudo para emagrecer, com orientação médica e também por conta própria. Cheguei a tomar mais de 28 cápsulas de remédio por dia”, revela Marilza Luzia Saraiva de Souza, 57 anos. A fala choca e, apesar de fazer parte do passado, foi somente há cerca de quatro anos que a professora e gestora acadêmica se libertou completamente da pressão pelo emagrecimento a qualquer custo. Desde então, passou a se aceitar como é e a priorizar a saúde física e mental.

O processo de libertação da professora foi longo e difícil. Com chás, medicamentos inibidores de apetite e uma série de receitas manipuladas, Marilza chegava a emagrecer, mas não conseguia manter o peso. “Era um caminhão de medicamentos por dia e eu nem sei o efeito que aquilo tinha no resto do meu corpo. Parava de tomar e engordava de novo. Eu emagrecia, mas a que custo?”, questiona.

Ela lembra que nunca se encaixou em biotipo de corpo magro e assumiu um estilo de vida sedentário na vida adulta. Com o aumento no peso, as propagandas vendendo chás e dietas milagrosas, seguir esse caminho parecia ser o mais conveniente. Enquanto fazia os tratamentos, inclusive prescritos por profissionais da saúde, Marilza não tinha apetite e percebia que sua memória e raciocínio estavam sendo prejudicados.

O basta foi quando um dos tratamentos tirou seu sono completamente e acabou com a qualidade de vida. A professora questionou se a magreza valia sua felicidade. “Quando parei com tudo, trabalhei para me aceitar e me enxergar linda como sou, a amar meu corpo. Eu estava trocando a minha saúde e bem-estar pela estética, não queria mais viver assim.”

Marilza começou a se exercitar pela saúde. Passou a pedalar toda semana e acabou perdendo peso como uma consequência do novo estilo de vida. Mas afirma que esse não é mais seu objetivo. Enxergar-se linda e aceitar que não será magra como as modelos abriu os olhos da professora. Ela aponta que a sociedade e os outros acabam tendo um impacto grande em como as pessoas se enxergam. “Acho que não teria sofrido tanto por ser gorda se eu pudesse entrar em uma loja, provar uma roupa e me sentir bonita. Mas eu chegava, pedia o GG e não cabia, saia das lojas arrasada.”

Ela questiona o fato de as influencers fitness e magras terem muito mais público do que as plus size, que incentivam o amor-próprio, e sugere que as mulheres busquem exemplos mais reais e saudáveis.

Um corpo para chamar de seu

Desde a infância, José Francisco de Sousa teve problemas com o controle do peso e de aceitar o próprio corpo
Desde a infância, José Francisco de Sousa teve problemas com o controle do peso e de aceitar o próprio corpo (foto: Arquivo pessoal)

"Cheguei a usar esses mesmos medicamentos", admite José Francisco de Sousa, 56 anos, ao ler os noticiários sobre a morte da catora Paulinha Abelha. Ele sempre teve uma relação complicada com a balança. Aos sete anos, não conseguia ganhar peso e tinha o corpo correspondente a uma criança de três. Foi somente na adolescência que ele chegou ao peso ideal para a idade.

Na vida adulta, o professor começou a ganhar mais peso e a fazer musculação, tendo um corpo dentro dos padrões considerados ideais na sociedade. Porém, após os 30 anos, a depressão, a ansiedade e o hipotereoidismo fizeram com que Francisco ganhasse alguns quilos a mais.

A comida se tornou um conforto e, em momentos difíceis, Francisco comia muito além do que precisava. O sobrepeso e a relação de dependência emocional com os alimentos fizeram com que o professor buscasse métodos radicais para emagrecer.

Há cerca de 15 anos, Francisco fazia todo tipo de dieta que prometia resultados rápidos e começou a se automedicar. Nesse período, passava por momentos de mais tranquilidade e tentava abrir mão desses métodos para ter uma vida mais saudável.

Ainda fragilizado emocionalmente e sofrendo com a pressão estética, acabava voltando aos chás e medicamentos. Cinco anos atrás, no entanto, Francisco passou pelo grande susto que mudou sua vida. Após ter convulsões e crises de tremedeira, o professor leu a bula do medicamento que tomava e se assustou.

No hospital, descobriu que chegou perto de ter um ataque cardíaco e teve danos renais em função de tudo que ingeria. "Ali eu vi que a estética não podia custar a minha vida e parei de tomar tudo isso imediatamente. Comecei a me exercitar pensando na saúde e a comer de maneira mais equilibrada", conta.

Francisco recebeu uma segunda chance, mas lamenta que, mesmo após tudo o que passou, ainda tenha medo de sofrer recaídas. Ele não se considera completamente fora de perigo. "Entro nas redes sociais e só vejo as pessoas vendendo essa magreza, esse culto ao corpo magro", lamenta.

Além da pressão social pela padronização dos corpos, o professor comenta que a publicidade de chás, dietas e tratamentos para emagrecimento são uma grande armadilha e que, mesmo fazendo terapia e se cuidando, é fácil se deixar enganar.

Ele chama a atenção para o fato de que se, mesmo adulto e com acompanhamento, ele sofre com esse tipo de cobrança, imagina o impacto negativo dessas mídias em crianças e jovens. Francisco ainda acredita que para as mulheres a pressão é ainda maior. "Tem alguns anúncios que vejo de coisas que não podem ser anunciadas assim, como esses remédios tarja preta, e denuncio nas redes, mas na semana que vem, aparece de novo. Isso tem um impacto muito grande e perigoso na sociedade como um todo", completa.

Nem tão natural assim

Ilustração mostrando os danos que os remédios de emagrecer fazem no corpo
Ilustração mostrando os danos que os remédios de emagrecer fazem no corpo (foto: Valdo Virgo/CB/D.A.Press)

A professora e endocrinologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Monalisa Azevedo alerta para os perigos de tomar compostos psiquiátricos: "Já presenciei situações como essas no meu consultório: pacientes que chegaram contando que fizeram uso desse tipo de medicamento por conta própria, antes de me procurar. Eles podem causar depressão, insônia, sonolência, tonturas, diarreia e dores musculares".

E engana-se quem pensa que os ditos "remédios naturais" — chás e cápsulas — não oferecem riscos. Embora suas substâncias sejam extraídas de plantas, algumas delas podem ser hepatotóxicas, sobrecarregando o fígado e induzindo efeitos indesejáveis no organismo, como aumento da pressão e doenças cardiovasculares.

"Nenhum medicamento, sozinho, é capaz de solucionar a obesidade. O controle do excesso de peso requer medidas de mudança no estilo de vida, entre elas a reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos. As medicações são utilizadas em conjunto com as alterações de estilo de vida", avalia Monalisa.

Alimentação é muito mais que o ato de comer

Outro alerta diz respeito às dietas restritivas que, segundo anutricionista clínica do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Thaís Muniz, não são efetivasa longo prazo. Em um primeiro momento, reduzir consideravelmente a alimentação até pode funcionar, mas não é algo que se manterá por muito tempo. Para ter um emagrecimento eficaz, é necessário dedicação e paciência,além da mudança de hábitos.

“Com regimes assim, as pessoas chegam num estado em que não aguentam mais a falta de comida e passam a se alimentar muito mais do que antes, atingindo um peso maior que o anterior”, explica Thaís. Além disso, a ‘demonização’ de certas refeições, que, por vezes, são julgadas como totalmente maléficas, é, também, algo negativo e pode levar a piores escolhas nutricionais.

Segundo a nutricionista, não existem alimentos totalmente vilões ou salvadores, sendo indispensável analisar inúmeras circunstâncias, como a saciedade e a relação do indivíduo com a comida. Isso porque existem refeições chamadas ‘comfort food’, isto é, alimentos que remetem a momentos
felizes e a boas memórias e, quando considerados como completamente inadequados, geram culpa em quem os consomem.

Percebe como em qualquer evento social — de comemorações a despedidas — a comida sempre está presente? Isso indica que a alimentação vai além do ato de comer, envolve conjunturas sociais, culturais e econômicas. “Existem pessoas que desenvolvem uma relação tão complexa com as  refeições, que evitam participar de encontros e até estar com a família por conta disso”, salienta Thaís. Por isso, o segredo está em manter o equilíbrio nas escolhas alimentares e sempre procurar um profissional que possa auxiliar nesse processo.

Os reflexos emocionais

Não somente implicações físicas são observadas em quem se submete ao uso de remédios para emagrecer, a dietas restritivas e a procedimentos estéticos. Os efeitos emocionais são igualmente preocupantes e, se não tratados, podem resultar em transtornos alimentares sérios, como a bulimia e a anorexia.

Hoje, com as redes sociais e o turbilhão de conteúdos relacionados à beleza, as meninas são afetadas cada vez mais cedo por autocobranças e inseguranças com o próprio corpo. "A adolescência é um período de descoberta e afirmação de si e, numa sociedade que associa a magreza à felicidade e a contenção do corpo a valores morais positivos, a aparência ganha excessiva importância como parte dessa identidade", esclarece a psicóloga clínica, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Glícia Maria.

Assim, é preciso atentar-se ao momento em que essas preocupações com a própria imagem deixam de ser vaidade e tornam-se uma doença. O medo intenso de engordar e a autoavaliação extremamente centrada no peso e na forma corporal são algumas características de transtornos alimentares, diagnosticados quando os comportamentos vinculados ao controle do corpo, como exercícios intensos e restrições alimentares severas, causam prejuízos físicos, emocionais e sociais.

Conforme aponta Glícia, mais de 70 milhões de pessoas no mundo têm algum transtorno alimentar e cerca de 20% corre risco de ir a óbito devido ao agravamento da doença, normalmente acompanhada por quadros de depressão e ansiedade. "Muitas pessoas com anorexia e bulimia acabam restringindo não apenas a alimentação mas também as interações sociais relacionadas ao comer, para evitar a alimentação ou o julgamento externo do comportamento atípico", afirma a psicóloga, em concordância com o que apontou a nutricionista Thaís Muniz.

Vale lembrar que, apesar de existir predisposição hereditária no que tange à origem dos transtornos, os hábitos alimentares transmitidos pela cultura familiar têm um peso enorme. "Elogios" como "Você está tão linda agora que emagreceu!" ou comentários como "Não acredito que fulana vai repetir mais um prato!" são significativos no desenvolvimento de vários traços e comportamentos.

As possibilidades de tratamentos para essas condições incluem psicoterapia e, em alguns casos, intervenção farmacológica. Já as internações podem ser consideradas em casos mais extremos. "Repensar o corpo, a materialidade enquanto potência criativa, que nos permite ter prazer, confortar, trabalhar, lutar e experienciar o mundo é um ato revolucionário de amor-próprio e de cuidado em saúde mental. Ainda que as redes sociais discordem", finaliza Glícia.

Os outros x você mesmo

Apesar de ser esportista, Eduardo Souto sempre brigou com a balança: bariátrica com indicação médica
Apesar de ser esportista, Eduardo Souto sempre brigou com a balança: bariátrica com indicação médica (foto: Arquivo pessoal)

Aos 26 anos, depois de quase duas décadas sofrendo bullying e recebendo olhares desagradáveis por causa da visão alheia sobre seu corpo, o servidor público Eduardo Souto, 28 anos, submeteu-se a uma cirurgia bariátrica. Ele afirma que seria hipocrisia dizer que a questão estética não teve nenhuma influência na decisão, mas garante que suas motivações principais e predominantes foram a saúde e o bem-estar.

Jogador de vôlei e praticante de esportes e atividades físicas desde os sete anos, o servidor lamenta que pessoas gordas sejam sempre associadas à falta de saúde. E afirma que isso não é necessariamente uma realidade. “Muitas pessoas já até duvidaram da minha capacidade esportiva e se surpreenderam.” 

Exercitando-se e se esforçando para manter uma alimentação equilibrada, Eduardo revela que todos os seus exames e taxas estão e estavam ótimos desde antes da cirurgia. Mas a genética da família e possíveis problemas de saúde futuros, inclusive os que observa no pai, pesaram na decisão.

A cirurgia foi uma sugestão médica e Eduardo teve todo o cuidado físico e psicológico no pré e no pós-operatório, para garantir que tudo correria de forma saudável e suave. Ele explica que as mídias e o endeusamento de um padrão de corpos magros não o afetavam ou afetam diretamente, mas a forma como a sociedade trata pessoas gordas se tornou um incômodo constante. “Desde criança, eu fui uma pessoa acima do peso e, independentemente de me sentir bem comigo, a atitude dos outros me impactou. As pessoas me viam e se incomodavam com meu peso, muito mais do que eu jamais tinha me importado.”

Eduardo ressalta que, por mais saudável que possa ser, ao entrar em um espaço público, a pessoa gorda é vista de forma diferente e isso afeta a autoestima das pessoas de uma forma que pode prejudicar todos os seus relacionamentos, inclusive o do indivíduo consigo mesmo. Como acontece com a grande maioria das pessoas, principalmente as mais jovens, a visão de si mesmo passou a ser altamente afetada pelo meio em que se via inserido. “Sempre foi complicado lidar com isso, é inevitável sofrer toda essa pressão e não balançar ou considerar dietas malucas.”

Apesar de admitir já ter considerado alternativas que prometiam emagrecimento milagroso, Eduardo nunca se submeteu a nada sem o acompanhamento médico, mas acredita que a validação de um profissional da saúde não é sinônimo de segurança.”A gente sabe que, infelizmente, existem muitos profissionais que estão mais focados no dinheiro e até mesmo na estética do que na saúde dos pacientes.

Viramos cobaias só por ter um corpo maior, e isso precisa ser revisto”, alerta. Casos como o da cantora Paulinha Abelha, que se automedicava, chamam atenção, mas é importante considerar que
mesmo tratamentos indicados ou sugeridos por profissionais da saúde e que tem o emagrecimento como único objetivo podem ser igualmente nocivos e perigosos. 

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

 

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  • Ilustração de idealização de beleza
    Ilustração de idealização de beleza Foto: Kleber Sales/CB/D.A.Press
  • Marilza trocou as pílulas pelos pedais e é mais saudável e feliz
    Marilza trocou as pílulas pelos pedais e é mais saudável e feliz Foto: Arquivo pessoal
  • Desde a infância, José Francisco de Sousa teve problemas com o controle do peso e de aceitar o próprio corpo
    Desde a infância, José Francisco de Sousa teve problemas com o controle do peso e de aceitar o próprio corpo Foto: Arquivo pessoal
  • Ilustração mostrando os danos que os remédios de emagrecer fazem no corpo
    Ilustração mostrando os danos que os remédios de emagrecer fazem no corpo Foto: Valdo Virgo/CB/D.A.Press
  • Apesar de ser esportista, Eduardo Souto sempre brigou com a balança: bariátrica com indicação médica
    Apesar de ser esportista, Eduardo Souto sempre brigou com a balança: bariátrica com indicação médica Foto: Arquivo pessoal
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