TV+

Doze é, para sempre, demais

Pedro Ibarra
postado em 20/03/2022 00:01
 (crédito: Merrick Morton/Divulgação)
(crédito: Merrick Morton/Divulgação)

Uma estreia específica nesta semana teve gostinho de passado. A plataforma Disney disponibilizou o remake do longa Doze é demais. O filme, que ficou conhecido pela versão de 2003 protagonizada por Steve Martin e Bonnie Hunt, ganha uma visão repaginada e mais atual, protagonizada por Zach Braff e Gabrielle Union.

O Correio conversou com a diretora, Gail Lerner, sobre como é assumir uma história marcante da comédia e adaptar para os tempos atuais, trazendo ainda o lado cômico que fez Doze é demais um filme emblemático para gerações.

Três perguntas para

Gail Lerner

Como foi o processo de adaptação para fazer um Doze é demais atualizado, com a cara dos dias de hoje?

Eu realmente recebi um lindo presente, que foi o roteiro de Kenya e Jeni. Eles enfaticamente colocaram o filme no ano de 2022 e se debruçaram no fato de que as noções atuais de família são maiores, mais abrangentes e mais bonitas do que há anos atrás. Hoje em dia, existem famílias misturadas e diversas, os padrastos e as madrastas podem ser mais ativos e não apenas vilões, a adoção e os primos que se juntam em uma família estendida também são comuns. Nós esperamos que esse seja o Doze é demais para essa geração, queremos que crianças e pais assistam e se enxerguem na história.

O que a sua versão tem em comum com o Doze é demais de 2003?

A maior parte que compartilhamos com a versão do Steve Martin é que, no filme dele, um filho se sente excluído e acha que não faz parte, foge e faz com que o personagem de Martin pense que o que esse garoto gosta é uma dica para quem ele é. Só assim, toda a família vai a ele e faz com que ele se sinta parte. Nós adaptamos esse núcleo com um passo a mais, apresentando esse primo que vem de um passado muito diferente da família, que teve uma vida mais difícil que as crianças de Paul e Zoey. Há realmente uma grande diferença em como ele foi criado, a segurança que teve e da consistência de criação deste primo. Então, ele realmente se sente fora da família, que nunca fará parte. E, mesmo com todo o drama, o grupo também se junta para demonstrar amor a ele. Essa é a parte mais similar do nosso filme em relação ao original, claro que com a nossa cara. Porém eu acho que essa é a parte mais bonita e emocionante dos dois filmes.

Qual foi a parte mais desafiadora
de fazer o longa?

Foi trabalhar com tantas crianças diferentes, com várias agendas diferentes, e o questionamento de se seríamos capazes de capturar a espontaneidade e a autenticidade de cada uma das crianças e ajudá-las a sentirem confortáveis com elas mesmas e com as falas. Contudo, uma das mais felizes surpresas com essas crianças é que elas chegaram para o jogo. Elas tiveram uma confiança instantânea uns com os outros, estavam abertas para direções, empolgadas para fazer o trabalho e levar toda alegria natural e afeto. Ninguém fazia corpo mole no set, todos queriam estar lá. Foram gravações desafiadoras, mas muito felizes.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação