Crônica

Respeito aos povos originários

O assunto é antigo. São 500 anos de abusos recorrentes às pessoas que já viviam nesta terra antes que os europeus aportassem no sul da Bahia, vindos com sede de ouro, madeira e outras tantas riquezas naturais abundantes neste solo abençoado.

A demarcação das terras indígenas, que são habitadas pelos maiores protetores das florestas, vem sendo ameaçada e graves crimes contra esses povos vêm ocorrendo de forma constante em nosso país. Um absurdo, uma pena, uma vergonha.

Com muita resiliência, todo ano, representantes de diferentes nações indígenas chegam a Brasília de forma pacífica para montar o ATL — Acampamento Terra Livre —, que inunda os gramados da Esplanada dos Ministérios de cantos e rituais ancestrais, na esperança de trazer maior conscientização sobre vários temas importantes, entre eles o julgamento do marco temporal, que será retomado no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no primeiro semestre de 2022. Trata-se de um dos mais importantes julgamentos da história, o qual definirá o rumo das demarcações das terras Indígenas.

O Abril Indígena é o mês das grandes mobilizações populares do movimento! Desse modo, dá-se a ocupação da capital do Brasil para reivindicar os direitos garantidos na Constituição de 1988. Os povos indígenas são brasileiros como todos nós, têm os mesmos direitos e deveres e merecem ser respeitados da mesma forma.

Considerando nossa mistura genética genial, que faz com que a grande maioria dos brasileiros possam se orgulhar de ter correndo em suas veias sangue indígena, assim como europeu e africano, o momento se mostra favorável para que todos nós possamos nos unir em defesa dos povos indígenas brasileiros!

Nossa luta é pela terra, pela vida, pelos nossos bens naturais e pela soberania do povo brasileiro, dizem eles! Ou melhor seria dizer: dizemos todos nós?