Fitness e Nutrição

Não gosta de academia? Sem problemas! As opções de exercícios vão muito além

A importância da atividade física não é novidade, mas nem sempre começar a se movimentar é uma tarefa fácil

Ailim Cabral
postado em 06/11/2022 00:01 / atualizado em 08/11/2022 15:31
 (crédito: Bruno Nascimento/Unsplash/Reprodução)
(crédito: Bruno Nascimento/Unsplash/Reprodução)

Todo mundo já cansou de ouvir que exercitar o corpo é importante para a saúde, certo? Mas nem sempre entender que a atividade física é positiva para a saúde física ou mental é estímulo suficiente para quem não se sente bem na academia ou não tem ânimo para sair para caminhar, por exemplo.

Mas, então, o que fazer? A primeira coisa, para a personal trainer Cau Saad, é entender que a atividade física não se resume ao que costumamos associar à prática. "Quando se fala em exercício, as pessoas pensam primeiro na academia ou nos esportes mais comuns, mas se abrirmos esse leque, vemos que as possibilidades são muito maiores", comenta.

Para começar, Cau cita a dança, incluindo balé, jazz, hip hop, dança contemporânea e chama a atenção para a quantidade de opções dentro de uma única modalidade. Depois das danças, vêm as lutas, tão diversas quanto. O boxe, o muay thai, o karatê, jiu jitsu…

Somente nessas duas modalidades citadas ficou fácil perder as contas das opções. Acrescentamos ainda a ioga, o pilates, a natação, os esportes aquáticos, as aulas coletivas. Cau determina que o primeiro passo é experimentar e se permitir passear pelas diversas categorias de exercícios. "Alguns deles nem se parecem com exercícios e podem ser vistos como hobbies que nos ajudam a estar em movimento."

Na primeira estratégia elencada por Cau Saad para começar uma atividade física e conseguir se manter nela, a palavra-chave é experimentar. E foi somente a partir da experimentação que a farmacêutica Camila Duarte, 29 anos, conseguiu se manter em movimento.

Prazer inesperado

Apesar de não gostar de frequentar a academia ou fazer musculação, Camila sempre soube da importância da atividade física e seguia matriculada. A constância, por outro lado, era difícil de manter. "Nunca gostei. Eu me sentia presa, limitada, mas ia uma, duas, três vezes na semana. Passava duas semanas sem ir, depois voltava alguns dias, parava de novo. Sempre deixando para depois", conta.

Camila durante a aula
Camila durante a aula (foto: Arquivo pessoal)

Um dia, há cerca de três meses, Camila recebeu um convite inesperado de uma amiga, uma senhora de 81 anos. "Ela me convidou para remar! Fiquei surpresa, eu com 29 anos sem conseguir ter uma vida ativa e ela me dizendo que adorava remar e eu precisava experimentar", lembra.

E foi ali, no Lago Paranoá, com um remo em mãos e tendo certeza que acharia a atividade chata e maçante como todas as outras, que a farmacêutica, enfim, encontrou o exercício físico que iria mudar sua forma pensar e movimentar o próprio corpo.

Desde então, remando duas vezes por semana, Camila passou a sentir prazer em se exercitar. Até frequentar a academia ficou mais gostoso e ela consegue ir seis vezes por semana. "Além de me exercitar pela saúde física, mental e pela estética, eu tenho um hobby. Me apaixonei e tenho essa sensação incrível de cuidar de mim fazendo o que gosto. Acho que uma coisa leva a outra e, agora, tenho uma rotina e constância de movimento", comemora.

Camila Duarte antes da aula de remo
Camila Duarte antes da aula de remo (foto: Arquivo pessoal)

Camila comenta que sempre teve dificuldade em testar novas atividades, mas sugere que todos que se sentem como ela se permitam descobrir novidades. Depois do remo, ela tem uma nova meta: aprender a nadar.

Praticidade e rapidez

Um outro obstáculo que costuma afastar as pessoas da atividade física é a falta de tempo. E é justamente nesse ponto que os treinos de eletroestimulação costumam focar. A educadora física Jaciara Coelho, do Tekstudio, afirma que a técnica é uma das principais aliadas para quem vive correndo contra o relógio.

A eletroestimulação é um tipo de treino no qual eletrodos geram impulsos elétricos que contraem os músculos ao mesmo tempo em que um personal orienta o aluno em movimentos que vão desde agachamentos até flexões.

Mais um ponto positivo observado pela educadora é que a atividade costuma abrir portas para outras modalidades. Alunos que não tinham condicionamento físico e não gostavam de se movimentar acabam pegando gosto ao ver os resultados e buscam outros esportes. "É importante dar o pontapé inicial, não importa como. Ele pode ser a solução para você ou abrir novas possibilidades. Envelhecer é um processo natural, mas nos exercitando é possível viver esse processo de forma saudável", completa.

 

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  • Camila durante a aula
    Camila durante a aula Foto: Arquivo pessoal
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    Camila Duarte antes da aula de remo Foto: Arquivo pessoal
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