Saúde & Bem-estar

5 informações sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica

Entenda os sintomas e as complicações desta condição que afeta a capacidade respiratória

A doença pulmonar obstrutiva crônica tende a surgir após os 40 anos (Imagem: Nadiia Lapshynska | Shutterstock) -  (crédito: EdiCase)
A doença pulmonar obstrutiva crônica tende a surgir após os 40 anos (Imagem: Nadiia Lapshynska | Shutterstock) - (crédito: EdiCase)

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição que se manifesta geralmente após os 40 anos, com 90% dos casos ocorrendo em indivíduos com histórico de tabagismo. Esta doença está intimamente ligada à exposição ao fumo, poluição e gases tóxicos, fatores que causam alterações progressivas na estrutura e função do pulmão, resultando em condições como enfisema pulmonar e bronquite crônica.

“Os principais sintomas da DPOC incluem dispneia, que é a falta de ar durante esforços que pode evoluir para dificuldades em realizar atividades simples do cotidiano, como tomar banho, e tosse crônica, geralmente produtiva, acompanhada de expectoração de muco ou catarro”, informa o pneumologista Dr. Oliver Nascimento, professor da disciplina de Pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Apesar de não ter cura, a DPOC pode ser controlada. “Os tratamentos disponíveis atuam para retardar a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações”, complementa o médico. Para esclarecer dúvidas e ajudar a população a entender melhor a DPOC, o Dr. Oliver Nascimento lista com cinco informações importantes sobre a doença. Confira!

1. Histórico de tabagismo é o maior fator de risco

Grande parte dos casos de DPOC está associado ao histórico de tabagismo. Fumar é o principal fator de risco, mas a exposição à poluição, fumaça de lenha e outros gases tóxicos também contribui para o desenvolvimento da doença.

2. Diagnóstico tardio é muito comum

A DPOC é frequentemente diagnosticada tardiamente, pois seus sintomas iniciais, como tosse e falta de ar, são muitas vezes confundidos com outras condições menos graves. Isso atrasa o início do tratamento adequado, crucial para retardar a progressão da doença.

3. DPOC tem impacto significativo na qualidade de vida

A dispneia, ou dificuldade para respirar, pode começar com esforços físicos intensos e evoluir para limitações nas atividades diárias mais simples, como tomar banho ou se vestir. Essa progressão afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Mulher sorrindo tomando remédio
Medicamentos e bons hábitos no estilo de vida são medidas que ajudam a retardar a progressão da doença (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock)

4. Tratamento pode retardar a progressão da doença

Embora não tenha cura, a DPOC pode ser controlada com tratamentos que retardam sua progressão. Medicamentos, reabilitação pulmonar e mudanças no estilo de vida, como parar de fumar, são ações fundamentais para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

5. Detecção precoce é essencial no tratamento da doença

A detecção precoce da DPOC é essencial para o manejo eficaz da doença. Exames de função pulmonar, como a espirometria, são ferramentas valiosas para o diagnóstico precoce, permitindo intervenções capazes de melhorar significativamente o prognóstico dos pacientes.

Consulta Pública

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) abriu, em julho, a Consulta Pública n.º 44 para discutir a necessidade de novas terapias para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Apesar das várias opções terapêuticas para pacientes com DPOC, muitos ainda enfrentam dificuldades no acesso aos tratamentos.

Por isso, a participação de profissionais de saúde, pacientes, familiares e da população em geral é fundamental para garantir que os novos tratamentos sejam considerados para inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). A consulta pública segue aberta até 5 de agosto.

Por Pamela Moraes

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Redação EdiCase
postado em 01/08/2024 18:54
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