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Símbolo de Natal: 7 curiosidades incríveis sobre as renas 

Fortes e encantadores, esses animais chamam atenção por suas características únicas e pela relação com essa época do ano

As renas (Rangifer tarandus) são mamíferos herbívoros pertencentes à família dos cervídeos, a mesma dos alces e veados. Elas vivem nas regiões geladas do hemisfério Norte, como Escandinávia, Rússia, Canadá e Alasca, e se adaptaram perfeitamente às baixas temperaturas, à neve e aos longos períodos de escuridão. 

Durante o Natal, esses animais ganham um significado simbólico e mágico, aparecendo em contos e filmes como os fiéis companheiros do Papai Noel. Porém, por trás das histórias e das decorações festivas, há uma espécie fascinante, com características biológicas e comportamentais únicas. 

A seguir, conheça algumas curiosidades sobre as renas! 

1. As renas são os únicos cervos domesticados 

Entre todos os cervídeos, apenas as renas foram domesticadas por populações humanas. Povos nômades do Ártico, como os Sami, na Escandinávia, e os Nenets, na Rússia, começaram a criá-las há mais de 2 mil anos. Elas são utilizadas como meio de transporte, para puxar trenós e carregar cargas, além de fornecerem leite, carne e peles, que ajudam a proteger contra o frio. 

2. Machos e fêmeas têm chifres — e por motivos diferentes 

Uma característica curiosa é que tanto machos quanto fêmeas de rena têm chifres, o que é incomum entre os cervos. Esses chifres são formados de ossos e crescem cobertos por uma fina camada de pele chamada “veludo”, rica em vasos sanguíneos e nervos. Os machos utilizam os chifres principalmente para disputas durante o período reprodutivo, que ocorre no outono, enquanto as fêmeas os mantêm durante o inverno para defender o alimento e o espaço de outros animais. 

3. Os cascos mudam conforme a estação do ano 

As renas têm cascos que se transformam de acordo com as estações para se adaptar ao ambiente. No verão, quando o solo é macio e úmido, os cascos ficam mais flexíveis e com uma camada mais fina, o que facilita caminhar em terrenos lamacentos. No inverno, eles se tornam duros e afiados, permitindo que as renas cavem a neve para encontrar líquens e raízes — seus principais alimentos — e mantenham estabilidade ao andar sobre o gelo. 

4. As renas enxergam luz ultravioleta 

Em um ambiente coberto de neve, distinguir detalhes pode ser um desafio, mas as renas contam com uma habilidade especial: elas enxergam luz ultravioleta. Essa capacidade lhes permite perceber contrastes invisíveis ao olho humano, como o rastro de um predador ou a presença de líquens sob a neve. Essa visão aprimorada é uma adaptação ao clima extremo do Ártico, onde a luminosidade é baixa durante boa parte do ano. 

As renas protagonizam uma das mais extensas migrações terrestres registradas na natureza (Imagem: longtaildog | Shutterstock)

5. Elas realizam migrações impressionantes 

As renas são conhecidas por realizar uma das maiores migrações terrestres do mundo. Alguns rebanhos percorrem mais de 5 mil quilômetros por ano em busca de pastagens e locais seguros para se reproduzir. Esses deslocamentos em grupo, que podem reunir dezenas de milhares de indivíduos, são fundamentais para a sobrevivência da espécie. Durante o trajeto, as renas enfrentam rios congelados, ventos fortes e temperaturas extremas, mas contam com sua resistência física e espírito coletivo. 

6. O pelo das renas é um escudo contra o frio 

A pelagem das renas é uma das mais eficientes do reino animal. Ela é composta por duas camadas: uma interna, densa e lanosa, e uma externa formada por pelos ocos e cheios de ar. Essa estrutura cria uma barreira térmica que retém o calor do corpo e impede a perda de temperatura. 

Além disso, os pelos ocos ajudam na flutuação, o que é útil quando as renas precisam nadar durante suas migrações. Graças a essa adaptação, esses animais conseguem suportar temperaturas inferiores a -40 °C e manter o corpo aquecido mesmo sob ventos gelados. 

7. As renas se comunicam com sons e movimentos 

Apesar de parecerem silenciosas, as renas possuem um repertório de sons para se comunicar entre si. Durante o deslocamento em grupo, emitem estalos e grunhidos curtos que servem para manter o rebanho unido. Os filhotes reconhecem o som da mãe e a seguem pelo som. Além disso, os machos produzem vocalizações graves durante o período de acasalamento, que ajudam a atrair as fêmeas e intimidar rivais. As renas também usam expressões corporais, como o movimento da cabeça e da cauda, para demonstrar alerta ou submissão. 

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