Vivemos o tempo da sustentabilidade! A expectativa é que o mundo se movimente até 2030, para um novo comportamento! Este é um movimento mundial, mas será que veremos estes objetivos e metas serem alcançados?
Era já 2015, quando em uma Assembleia Geral das Nações Unidas, os chamados Estados Membros, que somavam quase 200 entes naquele momento, se reuniram, bastante preocupados com os rumos que o mundo seguia. Nesse encontro, perceberam a necessidade de que fossem definidas metas, que contemplassem pelo menos as dimensões ambiental, social, econômica e institucional, como uma estratégia mundial, com a tentativa ousada de que ninguém, nenhum ser humano do planeta terra fosse deixado de lado.
Naquele momento, nasceram os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS, que são tão falados e nem todos os viventes ainda entendem ou interagem com as metas estabelecidas em cada um dos 17 objetivos traçados.
Isso aí, são 17 objetivos e 169 metas globais, interconectadas, defendendo a necessidade de oferecermos ao mundo, todos unidos em um só compromisso, caminhos transformadores para a sustentabilidade.
Teoricamente isso proporcionará uma maior qualidade de vida para tudo e para todos, mas é sempre bom lembrar, que temos um prazo previsto para isto acontecer. Falamos do ano de 2030, aliás, quando você leitor, ouvir falar da agenda 2030, saiba que é sobre sustentabilidade que estamos falando!
Entendendo os ODS
Eu decidi me adequar a esta realidade e fui à cata de maiores informações sobre os ODS e suas metas e lógico, fui tentando entender como, quando e que situações conseguiria como cidadão, que vive no interior do Brasil, poderia contribuir com o cumprimento de toda Agenda 2030.
Por um lado, é muito desafiador, quando você começa a interpretar um por um dos objetivos de desenvolvimento sustentável e percebe, que ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, almejar a melhora da qualidade de vida não é uma obrigação apenas dos governantes, seja qual for a sua instância de atuação, mas de toda a sociedade mundial e é aí que o aperto chega.
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Concordam que a Agenda 2030 só será concretizada se tivermos um alto percentual de mudança em nosso comportamento cotidiano? Pois é, o problema, é que estamos falando de bilhões de pessoas, com conhecimentos, culturas, vivências e expectativas diferentes no seu “corre” diário!
Pensando nisso, quebrei a cabeça e vou dizer, que não foi pouco e comecei a ver, como eu, cidadão brasileiro, independente de qualquer indução, poderia oferecer a minha contribuição para este movimento de transformação de toda a terra e é aí que, de certa forma, a coisa começa a ficar facilitada.
De fato, sozinhos não conseguiremos mudar nada! Em compensação, se não fizermos a nossa parte, cada um de nós contribuindo à sua forma, dentro da sua condição, aí sim é que o mundo não sai do lugar e poderemos desistir de pensarmos em um mundo sustentável.
Meta pessoal
Fui a luta e pessoalmente, comecei me observando como cidadão e como me comportava socialmente, economicamente e como contribuía para uma qualidade ambiental satisfatória nos locais onde rotineiramente frequentava no meu dia a dia.
Vi rapidamente, que poderia mudar alguns hábitos, buscar mais informações sobre tudo isso e conversar mais com as pessoas do trabalho, do meu rol de amizades, da minha família, sobre o que podemos fazer para que tenhamos sucesso em 2030.
Comecei de forma muito simples, promovendo uma coleta seletiva do “lixo” ou dos resíduos que produzia em minha casa. De cara percebi, que meu município já orientava a comunidade a se organizar para este fim, já que o caminhão do lixo tinha dias especiais da semana para o volume da coleta seletiva, separadamente do chamado lixo molhado.
Neste momento, já vi que não estava sozinho e que mudando meus hábitos caseiros, já estava comungando com o comportamento de mais pessoas em meu bairro, portanto em todo o meu município. Fiquei muito satisfeito em saber que além de mim, muitos vizinhos também já recolhiam seu lixo de maneira seletiva e já seguiam a rotina de coleta definida e conduzida pelo poder público.
Foi tão bom me sentir mais cidadão, perceber que estava contribuindo com o todo e o melhor, sem nem sair de casa! Meu trabalho foi exclusivamente ficar mais atento com o tipo de lixo que estava produzindo e como devia descartá-lo!
Conhecimento é fundamental para metas da Agenda 2030
Outra iniciativa importante que tomei, foi investir em conhecimento e me matriculei em mais um MBA, desta vez em ESG – Environment, Social & Governance, um conjunto de padrões e boas práticas, que tem como foco, definir e orientar práticas socialmente conscientes, sustentáveis e corretamente gerenciadas.
Este ano de convivência neste curso, com colegas do Brasil inteiro, aprendendo com professores especializados e um conteúdo bastante profundo em temas relevantes para todo este cenário transformador, tem sido fundamental para me sentir cada vez mais inserido e colaborando de fato com o alcance dos objetivos de Desenvolvimento sustentável preconizados na Agenda 2030!
Faltava, porém me enxergar na prática efetiva e aí ficou mais fácil ainda contribuir!
Como sabem, sou geógrafo, Analista Ambiental e trabalho atualmente com a implantação de projetos socioculturais e ambientais junto à algumas empresas em Minas e no Pará, que me aproximam de assentamentos, comunidades menos favorecidas, distritos e ambientes rurais em cidades com características bem diferenciadas, mas que convivem com os mesmos problemas dentro do universo social, ambiental, econômico e institucional.
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No meu dia a dia profissional, é muito comum me ver atuando em ações e projetos que fazem parte de Programas de Educação Ambiental que, pela sua natureza, compreendem processos pelos quais as comunidades, em vários formatos, constroem valores sociais, habilidades, desenvolvem conhecimentos e capacidades que proporcionam a conservação do meio ambiente, que é um bem de uso comum para todos e é também essencial à qualidade de vida e claro, à sustentabilidade.
Querem saber como isso acontece em minha rotina?
Vou relatar abaixo, uma magnífica experiência que vivi recentemente em São Gonçalo do Bação, distrito do município de Itabirito em Minas Gerais onde resido. A intenção era celebrar o Dia Mundial da Água, que é comemorado em 22 de março, com crianças, jovens e seus familiares que vivem nas áreas de entorno da Cachoeira da Benvinda!
Acompanhem a vivência interessante, que tivemos.
Em uma manhã divertida na Cachoeira da Benvinda em São Gonçalo do Bação, com uma equipe de profissionais, desenvolvemos uma atividade de campo com as crianças e adolescentes do distrito e das comunidades de entorno.
No passeio ensolarado, todos puderam se proteger tomando bastante água, utilizando o protetor solar, muito repelente e conhecer um pouco da história do local onde estão inseridas as cachoeiras do complexo Benvinda.
Dia de muito aprendizado
Por ali todos os participantes aprenderam sobre os biomas e suas espécies, que foram facilmente observados no local e descobriram a importância da vegetação para a produção de água e para a qualidade do solo.
Os pequenos desbravadores e alguns pais e familiares que os acompanhavam viram, que o descuido nestas áreas, gera o risco dos processos de erosão e o comprometimento da qualidade da água, que é tão abundante na região.
Naquele dia, não faltou oportunidade para aprenderem também sobre a necessidade da conservação dos locais onde estão as cachoeiras, que são muito usadas por moradores e visitantes, mas que nem sempre tem o cuidado de recolherem os resíduos que são levados e deixados por lá.
Em um exercício animado, as crianças puderam com sua observação atenta, identificar e indicar o que estava errado naquele local e porque aquilo não pode acontecer, afinal o lixo não é saudável para os recursos hídricos, que devem ser conservados e protegidos por todos.
Com destaque para a importância da preservação dos Recursos hídricos para a manutenção da vida e de todas as espécies, de maneira bem lúdica os participantes mirins, aprenderam muito sobre a eficiência e a grandeza e a função da mata ciliar e sobre o conceito de bacia hidrográfica, bem como os rios, nascentes, lagoas e oceanos se conectam!
Tivemos algumas horas de diversão, sensibilização ambiental, integração e muita troca de conhecimentos. Sem falar, que aquelas crianças que tiveram esta riquíssima oportunidade, certamente voltaram para suas casas com uma bagagem ambiental bem mais recheada e prontos para se juntarem ao exército que fará a Agenda 2030 dar certo!
Somos todos parte desta transformação
Percebem que todos nós podemos oferecer nossa contribuição para o alcance de um mundo melhor, mais sustentável e mais sensível às boas práticas que nos proporcionam uma maior qualidade de vida?
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Por aqui, sigo mais animado e consciente de que, a minha maneira, sou parte desta transformação, muitas vezes sem sair da minha casa e sem ações mirabolantes, mas diretas e que trazem eficiência à sustentabilidade do território que me vejo inserido cotidianamente.
Pense aí, o que você pode fazer para fazer parte do nosso exército sustentável? Reflita sobre qual é o seu papel, o seu compromisso com a Agenda 2030!
Tome sua decisão, te garanto que sua vida ficará muito mais leve e saudável! Boa sorte e bem-vindo ao mundo transformador da sustentabilidade!
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