Essa última semana do mês de agosto, trabalhamos em campo, na região de Carajás no sudoeste do estado do Pará, aliás, já comentei aqui sobre essa minha rotina profissional e inclusive este texto está sendo produzido em terras paraenses.
O Pará é um estado que hoje faz parte da minha rotina e já com quase cinco anos de atividades na região norte, fui conhecendo e descobrindo as riquezas e as inúmeras oportunidades que são geradas por aqui.
Toda a região em que atuamos, que é bem extensa, encontramos comunidades muito especiais, com um povo extremamente acolhedor e participativo. Neste período por aqui, aprendemos a lidar com os sabores, muitas vezes exóticos, da culinária paraense, encantamos com hábitos diferentes da nossa rotina e com o “chiado” simpático ouvido na dicção da população nativa.
As incursões paraenses incluem uma circulação por 4 municípios e neles, temos uma agenda de atividades bastante intensa e diversificada.
Nestes locais atuamos desde uma consultoria social a uma ONG, que trabalha no acolhimento de animais domésticos, que recebem tratamentos e cuidados, que seriam impossíveis de acontecer, se permanecessem soltos e desamparados, pelas ruas, até entidades empresariais, públicas e comerciais, na promoção de ações culturais, esportivas, turísticas e sociais, que ajudam a transformar para melhor o dia a dia das comunidades atendidas e impactadas por tantas atividades.
Altas temperaturas no sudoeste do Pará
Posso afirmar, que temos uma agenda bastante corrida e muito satisfatória e não resisto a comentar sobre um fato atípico deste agosto de 2024, que foi conviver com temperaturas altíssimas para o meu costume, acima dos 40º, que tornavam os dias mais pesados e cansativos, mas vencemos. Por fim, o melhor foi acreditar que as altas temperaturas fazem parte da região amazônica e não faria sentido circular por aqui e não experimentarmos esta característica tão peculiar à região norte do Brasil.
Circulando entre as cidades atendidas, conhecemos pessoas, hábitos e lugares muito especiais e muitas vezes curiosos, descobrimos talentos, incentivamos o aprendizado em várias frentes e afirmo, que é muito bom perceber a transformação na vida das pessoas, quando aceitam a capacitação e se dedicam à novas experiências.
Leis de incentivo contribuem para o desenvolvimento
A utilização de ferramentas que possibilitam o aproveitamento das fontes de financiamento para a cultura e para os esportes, como as leis federais de incentivo nas duas áreas por exemplo, contribuem sobremaneira para a confirmação de que as políticas públicas bem utilizadas, promovem o crescimento cultural, social e intelectual e ainda ajudam as comunidades a modernizarem sua forma de agir.
Ao incentivarmos as cidades a promoverem a sua adesão às políticas públicas, propiciamos aos municípios praticas mais modernas para a gestão das áreas de cultura e turismo especialmente pelo fato da composição dos conselhos municipais de cada setor, que aproximam o poder público das comunidades e nos diálogos das reuniões de rotina é que acontecem o grande despertar para as inúmeras possibilidades de atuação, que a sociedade civil pode ter em parceria com o poder público e o melhor, em favor da melhoria da qualidade de vida de toda uma população.
É nestes ambientes, que as soluções são trabalhadas para o enfrentamento às dificuldades naturais do dia a dia e este exercício é que promove conhecimento, coragem e resultados coletivos, que resultam na circulação financeira e, portanto, o aquecimento da economia local e o fortalecimento das cadeias produtivas dos setores de cultura e turismo, que saem também mais compreendidos e prósperos.
O foco principal é na geração de trabalho e renda
No fomento das atividades empresariais, incentivamos a compreensão da importância aos conceitos de sustentabilidade pelo setor de comércio e indústria em toda a região.
Estas práticas se dão por meio do comportamento assertivo das associações comerciais, Associações de Produtores Rurais, Associações Sociais e Esportivas, que vem, pouco a pouco, descobrindo, que os atributos presentes nos seus territórios podem e devem ser utilizados para o fomento da economia local, mas principalmente para a geração de trabalho e renda, por força de uma atuação organizada, orientada, respeitosa e séria.
Sobre os atributos da região, posso citar por um lado a presença do distrito de Serra Pelada no município de Curionópolis, onde tivemos a maior movimentação social em torno do garimpo ilegal, que consolidou fatos positivos e negativos, gerou personagens e legados, que hoje fazem parte da história do país e se dedica hoje à sua inserção no universo do turismo, com visão futurista e sustentável.
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Outro território que atuamos temos Água Azul do Norte, que detém a maior bacia leiteira do estado do Pará e que pouco a pouco, mas a meu ver tardiamente, vem percebendo que esta é uma força a ser aproveitada, que transcende o aspecto econômico, mas que pode contribuir sobremaneira com o desenvolvimento de outros segmentos culturais e turísticos se tratados com assertividade.
Além disso, é importante citar, que a atividade mineradora, propicia em toda a região, uma movimentação financeira bilionária, que respinga benefícios com ressonância social em um território bastante amplo e que merece um bom aproveitamento para consolidação de um comportamento sustentável e economicamente viável.
Pessoal e profissionalmente, é sempre um prazer estar por aqui e aprendermos cada vez mais sobre esta região Norte, tão importante para a cultura e para a visibilidade turística dos estados que a compõem.
Se você ainda não conhece o Pará, fica a dica! A capital Belém é um celeiro de descobertas, mas insisto em que o sudoeste do estado seja mais procurado e explorado, agora pelo viés cultural e turístico, porque tenho certeza, que vale a pena,
Quem sabe suas próximas férias não rolam em solo paraense?
Até a próxima.
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