Enquanto para muitos o ato de ser turista está diretamente associado ao deslocamento de longas distâncias, uma tendência de aprender a ter experiências de viajante na própria cidade ou em destinos próximos ganha força. O staycation, termo que une os conceitos stay (ficar) e vacation (férias), convida moradores a começarem a ver a própria região com outros olhos.
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A modalidade cresce como forma de fugir dos elevados valores de passagens aéreas e do estresse de viajar longas distâncias. Além disso, o staycation também é uma grande opção para quem tem pouco tempo para viajar, mostrando que até mesmo um final de semana dentro da própria cidade pode ser uma experiência diferenciada.
O movimento tem se tornado parte do comportamento do novo turista. “A staycation virou um hábito consolidado. O brasileiro quer descansar, mas sem complicações. É uma forma de viajar com menor custo emocional e financeiro”, afirma Renata Silveira, pesquisadora de comportamento do turismo e consultora de mobilidade regional.
O staycation se destaca por oferecer uma alternativa prática e mais acessível ao descanso tradicional, fazendo com que o morador passe a conhecer mais as ofertas da sua região, se conectando com a própria realidade local e optando por aproveitar hotéis, spas, centros culturais ou áreas verdes próximas, vivendo experiências de lazer sem sair da cidade ou indo a destinos facilmente acessíveis.
A tendência é também uma forma de aumentar a conexão do morador com a própria cidade, que ao ocupar os equipamentos turísticos locais, tanto privados quanto públicos, mostram a potência do segmento e impulsionam ainda mais investimentos diretos para o desenvolvimento da região através do turismo e do lazer. Uma vez que o cidadão passa a viver a cidade, ela passa a ser mais atrativa ainda para quem vem de fora.
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Por isso, empreendimentos locais devem se empenhar em conquistar também pessoas que vivem no seu próprio entorno. Às vezes tudo que um casal precisa é um final de semana em um quarto de hotel para repor as energias, sem necessariamente precisar organizar uma viagem completa. Ações que impulsionam atividades culturais, gastronômicas, de bem-estar e contato com a natureza também são formas de levar lazer a quem tem pouco tempo livre para usufruir.
A modalidade também pode ser vista como uma forma de driblar a baixa temporada, onde equipamentos turísticos continuam ativos e tendo retorno mesmo em períodos em que não há chegada de turistas de outras regiões. É uma mão lavando a outra: atratividades pensadas para tirar o morador da rotina ajudam a manter a economia local em circulação.
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