Combustível

Nova gasolina: o que muda?

A promessa é de uma fórmula mais eficiente e com menos possibilidade de adulteração

A nova gasolina pode ser encontrada em alguns postos de combustíveis do Brasil. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabeleceu um prazo de três meses para o estoque ser trocado em todas as bombas. As empresas que descumprirem a determinação podem ser multadas de R$ 20 mil a R$ 5 milhões.

A pergunta que fica é: “o que muda com esse novo combustível?” Em resumo, ela terá um padrão mínimo de qualidade em termos de evaporação, octanagem — 92 RON (Research Octane Number — e de
densidade, 715 kg/m³. Assim, ela fornecerá mais energia com o mesmo volume e terá uma qualidade mais confiável, independentemente do posto.

O percentual de etanol anidro, no entanto, foi mantido em 27% para as gasolinas comum e aditivada e, em 25%, para a premium. Esses ajustes proporcionarão uma maior eficiência nos motores mais modernos. “Com a nova massa específica da gasolina brasileira, reduziremos a chamada “batida de pino do motor”. Isso acontece quando há um descompasso na queima do combustível dentro da câmara de combustão. Desta forma, o carro vai ter melhor desempenho e economia”, defende o especialista em combustíveis, Daniel Costa.

Na contramão do bolso
Por ser um produto com qualidade superior, a previsão é de que os postos reajustem os valores em 1,5%. A boa notícia é que algumas bandeiras começaram a receber a nova gasolina no início do ano. Pelo menos na teoria, nesses lugares, não haverá aumentos. Mas nem adianta se animar muito. No meio do caminho, o combustível ainda pode sofrer interferências por causa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além, claro, das alterações estipuladas pelas distribuidoras.

A Petrobrás garante que “o ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina, compensará uma eventual diferença no preço, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro”. Que, assim, seja!