Fernando Calmon

Correio Braziliense
postado em 28/10/2020 23:15 / atualizado em 28/10/2020 23:15

Alta roda

O preço da pandemia

Costuma-se dizer que os preços dos automóveis no Brasil são “abusivos” e a lucratividade está acima da média mundial. Mas, quando o real se desvaloriza, ninguém se habilita a comparar os preços em dólar com os do exterior, simplesmente porque os produtos nacionais ficaram bem mais baratos. Ainda há o argumento de que o comprador não tem sua renda em dólar. Na realidade, há ciclos de lucratividade e de prejuízo como se observa, agora, com grandes empréstimos das matrizes para filiais cobrirem perdas financeiras.

Luxo e muito espaço

Mercedes-Benz GLB é o SUV de sete lugares que utiliza a mesma arquitetura do GLA, de cinco lugares, produzido no Brasil. Como o GLB vem do México, sem imposto de importação, a versão especial de lançamento recheada de equipamentos sai por R$ 299.900. Com distância entre-eixos de 2,83m, oferece amplo espaço para pernas na fileira do meio e, no último par de bancos, só para crianças ou adultos de média estatura — em pequenas distâncias. Motor turbo de 1,33L, 163cv e 25,5kgfm.

Retomada ainda é dúvida

Seminário Perspectivas 2021, da AutoData, mostrou a indústria de autopeças um pouco mais otimista do que a de veículos. Rafael Chang, presidente da Toyota, disse que terá de balancear produção e rentabilidade, mas acredita que, no próximo ano, o mercado interno será até 25% maior. Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford, afirmou que embora 2021 tenha retomada forte, está mais preocupado com 2022 em diante. Diferença entre inflação no atacado (IGP-M) e no varejo (IPCA) dificulta projeções.

Quem vai pagar a conta?

Rede de 30 eletropostos que a EDP construirá nos próximos três anos em parceria com Audi, VW e Porsche terá custo bem salgado. Cada um, para atender apenas três veículos, custará R$ 1 milhão de reais. A energia não será cobrada, mas quando for não se sabe ainda como resolver. Em Portugal, o preço do kWh ficou caríssimo.

Rafael Chang, presidente da Toyota, disse que terá de balancear produção e rentabilidade,
mas acredita que, no próximo ano, o mercado interno será até 25% maior.

 

 

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