Graças à facilidade das conexões de alta velocidade, o evento Automotive Business Experience 2020 conseguiu, durante os cinco dias úteis da semana passada, explorar alternativas atuais e futuras da cadeia automobilística em palestras abertas e fechadas. Digitalização, conectividade, carros autônomos e compartilhamento estiveram entre os temas com maior evidência. Além, é claro, do que pode ocorrer no cenário de pós-pandemia.
Para o presidente da VW América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, a prioridade é a saúde das pessoas e lidar com os problemas de fluxo de caixa da companhia agora mais equacionados. “Mas, temos de olhar os negócios à frente, nos próximos cinco a oito anos, porque haverá muitas mudanças. Então, já começamos reuniões internas para retomar os projetos de novos produtos, sejam a combustão, híbridos ou elétricos. De fato, estamos resgatando a agenda do bem e, depois, submeteremos os planos à matriz”, revelou. O que se depreende de suas palavras é a possibilidade de atrasos, porém, o objetivo de renovação de produtos continua firme.
Antonio Filosa, presidente da FCA, destacou que “o carro é um dos atores dos serviços de mobilidade e os mercados assim vêm requerendo. O ecossistema que estamos construindo, em parceria com a TIM, e o chip de voz e dados no multimídia UConnect permitirão muitas interações com parceiros em benefício do motorista. Até seguros mais em conta”.
A pandemia acabou por acelerar processos de digitalização. Um exemplo explicitado por Rodnei de Souza, diretor do Itaú Unibanco: “Antes, a aprovação de financiamentos, por meios exclusivamente digitais, representava 30% e saltou para 85% das transações em poucos meses. Nossa previsão era de que isso acontecesse dedois a três anos.”
Para Akzel Kriger, presidente da BMW, “o mundo digital é uma grande oportunidade, porém, pelo menos nos próximos 10 a 15 anos, as concessionárias continuarão na logística de entregas, serviços e atendimento aos clientes”.
Letícia Costa, da consultoria Prada, chamou atenção para o fato de que tendências de mobilidade elétrica não podem ser replicadas em todos os mercados da mesma forma. “Europa vai ser de um jeito pela alta densidade das populações. EUA, Ásia e Brasil, com grandes distâncias a percorrer, terão implantação mais lenta”, afirmou.
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