Data estelar: Marte e Netuno em quadratura; Lua Nova em Virgem. A consciência precisa administrar duas existências simultâneas, a da personalidade, mediante a qual ocupamos espaço no Universo e somos identificáveis pela nossa forma, aparência, nome e uma lista de atributos objetivos; e a da alma, esse ser interior, subjetivo e abstrato, mas não por isso menos real que o da personalidade.
Toda nossa civilização privilegia exclusivamente a existência da personalidade, ideologia consagrada mediante a ciência, e ficamos com a alma testemunhando nossas personalidades agirem sem a devida orientação que só a alma pode oferecer, mediante sonhos, sentimentos, intuições e uma urgente necessidade de encontrar algo que nos faça arder o coração com tamanha intensidade, que nos atrevamos a desafiar as leis da lógica e da física concretas, em nome de um objetivo maior.
Se a vida dá mais trabalho para ser preservada do que você gostaria, porque desejaria ter mais tempo livre para outras coisas, isso não há de ser considerado um castigo, porque nada do que seja necessário é castigo.
De onde tirar os recursos para obter a satisfação de suas pretensões? Isso importa pouco neste momento, porque todo grande caminho começa com uma visão, tão inalcançável de imediato que é considerada impossível.
Você verá que no fim vai dar tudo certo, e se ainda não é assim, é porque sua alma se encontra distante do fim. Deposite fé no seu caminho, confie nas forças misteriosas da vida que se mostram através das coincidências.
Tantas verdades sua alma anda com vontade de expressar, mas tão poucas oportunidades para isso se encontram disponíveis, e muito menos ainda pessoas dispostas a receber algum ensinamento diferente do habitual.
Você realmente não precisa de nada mais além do que já está ao seu alcance, portanto, chegou a hora de começar a utilizar os recursos disponíveis, e quando esses se esgotarem, só então começar a buscar outros.
Diante de tudo que acontece, sua alma fica no dilema entre tomar iniciativas ou ficar aguardando para ver o que as pessoas fazem. A única maneira de solucionar o dilema é agir, e nesse caso a ação pressupõe uma iniciativa.
Uma vez que a alma enxerga o que enxerga, não dá para fingir que tudo continua da mesma maneira de antes. Tenha isso em mente para não se forçar a se adaptar a um estado de coisas que a percepção avisa que mudou.
No fim, apesar de todas as discórdias, as pessoas precisam umas das outras e terão, por isso, de encontrar uma maneira de, não apenas resolver as desavenças, como também de se vincularem cordialmente entre si.
Ainda que as pessoas venham cheias de ideias maravilhosas e você se entusiasme muito com o que ouve, mesmo assim hão de se fazer contas claras e concretas, para que os sonhos caibam na realidade justa e possível.
Parece muito, parece demais, porque você ainda não deu o primeiro passo, porque quando avançar concretamente você verá que tudo parecia muito mais difícil na teoria, já que na prática as coisas se resolvem.
Alguns riscos e desgastes são inevitáveis, mas se você tentar evitar todas essas condições, acabará consagrando todo o tempo a isso e não sobrará nenhum para avançar nas suas pretensões maiores. O que é mais importante?
Por enquanto, não é tão necessário que você se apoie firmemente na realidade concreta quanto que se permita sonhar alto e enxergar virtudes nas pessoas que, talvez, nem elas mesmas consigam enxergar nelas mesmas.