Publicado na revista 'Nature', o artigo descreve os neutrinos como 'as partículas fundamentais menos compreendidas na natureza', podendo ser as segundas partículas mais comuns no Universo — ficando atrás apenas dos fótons — e as mais abundantes com massa
Reprodução/Flickr/Argonne National LaboratoryAinda que haja uma margem de erro ampla, a energia estimada é de 220 quatrilhões elétrons-volts (eV), sendo uma ordem de magnitude acima de qualquer coisa registrada antes. O recordista anterior era de 6,05 quatrilhões de eV. Na imagem, a impressão visual do evento de neutrinos de ultra-alta energia observado no estudo
Reprodução/KM3NeTDe acordo com os cientistas, nenhum acelerador de partículas na Terra tem a capacidade de produzir neutrinos com um milésimo dessa energia
Nasa/ReproduçãoAté pouco tempo atrás, pesquisadores não tinham certeza se seria possível comprovar experimentalmente a existências dos neutrinos. Essas partículas, aos serem observadas, permitem que seja dada uma estimativa razoável da energia presente nelas, mas outros tipos de medições ainda não podem ser realizadas
Reprodução/KM3NeTOs neutrinos chegam até a Terra pelas profundezas do cosmos. Sem massa, as partículas dos neutrinos podem viajar por meio de ambientes extremos, como estrelas, planetas e galáxias inteiras — permanecendo intactas
Reprodução/ESAEm um comunicado, Rosa Coniglione, coatora do estudo e porta-voz do KM3NeT, os descreve como 'mensageiros cósmicos especiais, trazendo-nos informações únicas sobre os mecanismos envolvidos nos fenômenos mais energéticos e permitindo-nos explorar os confins mais distantes do Universo'
Reprodução/KM3NeTOs pesquisadores do estudo acreditam que o neutrino veio além da Via Láctea, apesar de ainda não se saber o ponto exato de origem. Também não se sabe como ele foi criado e o que o enviou através do cosmos — podendo ter sido um ambiente extremo, como um buraco negro supermassivo, uma explosão de raios gama ou remanescente de supernova
Divulgação/NasaPartículas subatômicas não têm tamanhos fixos, apresentando uma dualidade onda-partícula — onde a distribuição de probabilidade se assemelha ao de uma onda. A propagação desse pacote de ondas dos neutrinos era desconhecida, com estimativas variando até 10 trilhões de vezes em tamanho
Reprodução/NC State UniversityOs pesquisadores do novo estudo concluíram que o neutrino, neste caso, tem uma largura espacial maior ou igual que 6,2 picômetros — um décimo do raio de um átomo pequeno e cerca de mil vezes o tamanho de um núcleo atômico —, sendo menor que o limite superior de estudos anteriores
Reprodução/CERN*Estagiário sob a supervisão de Roberto Fonseca