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Coreia do Norte não dá informações sobre soldado americano que entrou no país


Por Flipar
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Travis King, de 23 anos, cruzou a fronteira para a Coreia do Norte e criou um imbróglio envolvendo os dois países.

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No dia 18/7, o soldado estava sendo escoltado de volta para os Estados Unidos, depois de ser liberado de uma penitenciária sul-coreana.

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Travis ficou detido por 47 dias por causa de uma briga com cidadãos locais. Em fevereiro, o soldado já tinha sido multado pelo tribunal de Seul em 5 milhões de wons (cerca de R$ 18.800).

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King também já tinha sido acusado de socar um homem em uma boate na capital sul-coreana.

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Durante a escolta, o americano conseguiu escapar dos guardas. Ele então se juntou a um grupo de estrangeiros que fazia uma excursão de ônibus à Zona Desmilitarizada.

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O local divide as duas Coreias por uma barreira de concreto.

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Segundo relatos nas redes sociais, foi nesse momento que o norte-americano foi visto atravessando os blocos de concreto que marcam a fronteira. Alguns turistas disseram que o militar ria alto enquanto atravessava a barreira.

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Acredita-se que o americano esteja agora sob custódia das autoridades norte-coreanas.

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Os familiares de King sugerem que o soldado pode ter se sentido sobrecarregado por conta dos problemas legais e a possibilidade de dispensa do exército.

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Eles descrevem o homem como uma pessoa solitária e quieta, não envolvida com álcool ou cigarros, que apreciava a leitura da Bíblia.

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O alto escalão de Washington informou que está “interagindo” com a Coreia do Sul e a Suécia numa tentativa de encontrar uma solução.

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Em casos passados, a Suécia prestou assistência consular aos cidadãos americanos; no entanto, as operações diplomáticas suecas no país terminaram após a Coreia do Norte ordenar a saída de estrangeiros no início da pandemia de Covid-19.

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O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, reportou que os EUA tentam contato com a Coreia do Norte sobre a situação.

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Especialistas afirmam que é pouco provável que a Coreia do Norte liberte King, já que os indícios apontam que ele teria desertado de forma voluntária.

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Vários cidadãos americanos foram detidos na Coreia do Norte sob acusações de espionagem ao longo do tempo. O último havia sido Bruce Byron Lowrance, em 2018.

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Na quinta-feira (20/07), o porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou que seu ministério está compartilhando informações com o comando das Nações Unidas, liderado pelos Estados Unidos.

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As tensões entre Washington e Pyongyang são constantes. Recentemente, as forças militares dos Estados Unidos posicionaram um submarino com armas nucleares na Coreia do Sul.

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Pouco depois, a Coreia do Norte - comandada com mão de ferro pelo ditador Kim Jong-un - conduziu testes com dois mísseis capazes de atingir o porto sul-coreano onde o submarino americano estava ancorado.

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A região que separa a Península da Coreia em suas partes Norte e Sul é conhecida como a zona mais altamente fortificada do planeta.

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É uma área repleta de sistemas de vigilância em torres, barreiras de arame farpado, cercas altas com alarmes, além de postos de controle e vigias que operam 24 horas por dia, dos dois lados da fronteira.

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Sua extensão alcança 257 km com uma profundidade de 4 km, e é repleta de minas – estima-se que exista de 1 a 2 milhões de bombas debaixo da terra.

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Entre os anos 60 e 80, seis militares norte-americanos desertaram e atravessaram a fronteira para a Coreia do Norte. Um deles, James Dresnok, chegou a lecionar inglês e atuar em comerciais norte-coreanos fazendo papel de vilão americano.

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