O brasileiro estava atuando como voluntário em um grupo paramilitar.
Conforme relatos de amigos e familiares, ele tinha o sonho de erguer uma escola em uma região carente localizada na Tanzânia, país africano.
Antônio cursava medicina na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba, mas optou por interromper seus estudos no terceiro ano da graduação a fim de participar de trabalhos humanitários na África.
Segundo a irmã, Franciele Hashitani, durante uma visita à Tanzânia, Antônio chegou a construir de um espaço de lazer destinado às crianças.
De acordo com os parentes, a informação sobre o falecimento foi transmitida por meio de uma ligação do Ministério das Relações Exteriores para a irmã de Antônio na segunda-feira (07/08).
Não se sabe ao certo a data da morte, mas estima-se que ela pode ter ocorrido entre os dias 2 e 3 de agosto.
O paranaense era integrante dos times internacionais de voluntários, um conjunto de estrangeiros que o governo da Ucrânia estabeleceu para proteger o território do país.
A última missão do brasileiro foi realizada na quarta-feira (02/07), nas proximidades da cidade de Bakhmut, localizada a cerca de 600 quilômetros da capital Kiev.
Bakhmut é considerada uma das frentes de batalha mais perigosas da Guerra da Ucrânia. Apesar da tragédia, Antônio não foi o primeiro brasileiro a morrer no conflito. Relembre outros que perderam a vida!
Thalita do Valle, de 39 anos, era atriz, modelo, estudante de Direito e ativista de causas animais. Ela estava na Ucrânia como socorrista e atiradora de elite e morreu no dia 30/06, durante um bombardeio russo.
Além da Ucrânia, Thalita já tinha participado de uma missão contra o Estado Islâmico no Iraque, Curdistão iraquiano e Curdistão Sírio há três anos.
Segundo a família da brasileira, ela costumava registrar as experiências de guerra que vivia em um livro que pretendia lançar em parceria com um escritor.
Nascida em Ribeirão Preto (São Paulo), Thalita mudou-se com sua família para a cidade grande quando ainda era criança. Aos 18, passou a atuar como modelo.
A brasileira mantinha um canal no Youtube chamado “Thata do Valle” e usava esse apelido até no uniforme.
O mesmo ataque também matou o brasileiro Douglas Búrigo, de 40 anos. De acordo com relatos de outros combatentes, o brasileiro havia retornado a um abrigo para resgatar Thalita, única do grupo que acabou ficando para trás.
Já André Hack, de 44 anos, foi o primeiro brasileiro combatente a morrer na Guerra da Ucrânia. Natural de Porto Alegre, ele foi para o conflito como voluntário.
André lutava ao lado das forças ucranianas desde fevereiro. Ele morreu em combate no dia 5 de junho.
Segundo o pai dele, André tinha a convicção de que iria ajudar a população ucraniana no conflito contra a Rússia. Segundo relatos de amigos, ele até cogitou voltar ao Brasil, mas se animou quando fez um teste e foi aprovado como sniper (atirador de elite).
Além disso, André faria parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Ele era pai de sete filhos.
Novos ataques marcaram os últimos dias do conflito. No sábado (05/08), um prédio universitário pegou fogo na cidade de Donetsk, na Ucrânia.
Segundo o prefeito Alexei Kulemzin, o incêndio aconteceu por ataques do próprio exército ucraniano, já que a cidade está ocupada por tropas russas.
Também no sábado, um navio petroleiro russo foi alvo de um ataque por um drone marítimo, segundo autoridades do governo russo.
O ataque aconteceu próximo à região da Crimeia – anexada de forma ilegal pelos russos em 2014.
Segundo a Agência Federal de Transporte Marítimo e Fluvial da Rússia, o navio-tanque SIG sofreu danos, mas ninguém ficou ferido.
Este foi o segundo ataque na região em 24 horas. Um navio de guerra russo havia sido atingido um dia antes, na sexta-feira (04/08), na base de Novorossisk.
Segundo a Reuters, o navio em questão pertence a uma empresa de São Petesburgo, na Rússia, e ajudou a fornecer combustível de aviação para as forças russas na Síria.