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Chegada de Neymar é novo capítulo da força financeira da Arábia Saudita


Por Flipar
divulgação/Al Hilal

Neymar trocou o Paris Saint-Germain, da França, pelo Al Hilal. O brasileiro repete o caminho feito por muitos craques, que deixaram o futebol europeu rumo ao Oriente Médio.

Divulgação PSG

O precursor desse movimento foi Cristiano Ronaldo. Em dezembro de 2022, o astro, cinco vezes melhor do mundo, fechou com o Al Nassr e 'abriu as portas' do futebol saudita para os demais craques da bola.

Divulgação/Al Nassr

Para fechar com o português, os sauditas abriram os cofres. O contrato entre Cristiano Ronaldo e Al Nassr (até 2025, mais cinco anos como conselheiro) prevê ganhos de 500 milhões de dólares (cerca de R$ 3 bilhões), livres de impostos, mais mordomias.

Divulgação/Al Nassr

Além do seu futebol, Cristiano Ronaldo também terá sua imagem usada como embaixador da Arábia Saudita para sediar a Copa de 2030.

Divulgação/Al Nassr

Falando em grana, os árabes mostram que não têm limites quando se trata de reforçar o futebol local. O Al Hilal pagou 100 milhões de euros ao PSG para ter Neymar. Essa foi a maior transferência da história do país.

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Outro brasileiro também foi responsável pelo caminhão de dinheiro desembolsado pelos árabes. O próprio Al Hilal já tinha pago 60 milhões de euros ao Zenit, da Rússia, para contratar Malcom, ex-Corinthians.

Divulgação/Al Hilal

No top 3 das contratações mais caras também aparece o Al Hilal. O Clube de Jorge Jesus desembolsou 55 milhões de euros para tirar o português Rúben Neves da milionária Premier League, da Inglaterra.

Divulgação - Al Hilal

Outro craque a deixar a Europa rumo ao futebol árabe foi Sadio Mané. O senegalês trocou o Bayern de Munique para ser companheiro de Cristiano Ronaldo no Al Nassr, que pagou 37 milhões de euros pelo atacante.

Divulgação - Al Nassr

Campeão da Champions League pelo Manchester City, o argelino Mahrez deixou a equipe de Guardiola para se aventurar na Arábia Saudita. Ele jogará no Al Ahli, que pagou 35 milhões de euros pelo craque.

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Atual dono da Bola de Ouro, o francês Karim Benzema encerrou seu ciclo no Real Madrid, onde fez história, para atuar no Al Ittihad.

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Outro brasileiro que fez história no futebol europeu e rumou para Arábia Saudita é Roberto Firmino. O brasileiro marcou seu nome no Liverpool e, após encerrar seu contrato, fechou com o Al Ahli.

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Toda essa movimentação que 'assustou' o mundo da bola se deu graças a um movimento feito pelo governo saudita. As autoridades anunciaram no início de junho que um fundo investiria pesado para potencializar a liga local.

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Esse fundo de investimento, chamado Pif, anunciou a compra de 75% de cada um dos quatro principais clubes do país: Al Hilal, Al Nassr, Al Ittihad e Al Ahli.

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A Arábia Saudita é acusada de usar uma estratégia de marketing chamada 'Sportswashing', que consiste em usar eventos esportivos (não só o futebol, mas outras modalidades como a Fórmula 1) para melhorar a imagem do país.

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Mas não é só no âmbito esportivo que a Arábia Saudita pretende se apresentar. O país quer mostrar ao mundo que não é mais um deserto e deseja se abrir para o turismo e para a cultura. Grandes personagens da música mundial se apresentaram recentemente no país.

12019/Pixabay

Não é a primeira vez que um país usa dessa estratégia para 'limpar' sua imagem. China, Rússia (foto) e Qatar fizeram isso recentemente. A Alemanha de Hitler também adotou a estratégia, na Olimpíada de 1936, para propagar a ideologia nazista.

Divulgação/Governo da Rússia

A Arábia Saudita é conhecida por ser um país que não respeita os direitos humanos. De acordo com a Anistía Internacional, o país tem uma política discriminatória contra mulheres, não permite a liberdade religiosa e persegue ativistas, estudiosos e jornalistas.

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O pais também é acusado de ser um dos que mais praticam a pena de morte e tem como rotina a tortura como punição.

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Mohamed bin Salman, príncipe herdeiro, é quem comanda a Arábia Saudita. O líder é acusado de ser um dos responsáveis pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.

Reprodução/CBS