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Brics: Saiba como funciona o bloco que terá novos países em 2024


Por Flipar
Ricardo Stuckert/PR

O anúncio de que o grupo contará com novos membros em 2024 foi o tema de maior impacto no encontro.

Ricardo Stuckert/PR

O bloco foi fundado em 2006 como Bric, ainda sem a letra 's' no final, com quatro integrantes: Brasil, Rússia, Índia e China.

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A palavra Bric, um acrônimo (cada letra é a inicial de um dos países, neste caso), foi criada por Jim O'Neil, que à época era economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs.

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O'Neil utilizou o termo para referir-se a economias com grande potencial de desenvolvimento no século XXI.

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Bric é uma palavra que no inglês tem o significado de 'tijolo', o que deu mais substância ao conceito por trás.

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Em 2009, houve a primeira reunião de chefes de Estado do entao Bric, a Cúpula de Ecaterimburgo, na Rússia.

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Brasília (DF) foi a sede do segundo encontro do Bric, em 2010.

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Em 2011, a África do Sul aceitou o convite e aderiu ao bloco, que passou a ter a denominação que perdura até hoje: Brics.

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Em 2014, o bloco inaugurou o Fundo de Reservas do Brics, voltado a socorrer os integrantes em períodos de crise. O montante inicial foi de US$ 100 bilhões (soma das contribuições de cada membro).

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Em 2015, foi fundado o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics.

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O Banco do Brics tem por finalidade financiar projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros do bloco.

Ricardo Stuckert/PR

Indicada pelo governo Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff assumiu o comando do banco dos Brics em abril de 2023 - o mandato termina em junho de 2025.

Ricardo Stuckert/PR

De acordo com o instituto de pesquisas do Reino Unido Acron Macro Consulting, o Brics detém 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

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O percentual é superior ao representado pelo G7 (30,7%), grupo de algumas das maiores economias do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá).

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Os cinco países-membros do Brics têm somados o equivale a 41% da população mundial, índice que ajuda a dar robustez ao grupo.

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O Brics não funciona como um bloco econômico, como Mercosul ou União Europeia, por exemplo. Não há mercado comum ou diretriz política unificada.

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Os membros firmaram nos últimos anos acordos de cooperação setorial que alcançam diversas áreas, como ciência e tecnologia, energia, saúde e educação.

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No dia final da 15ª Cúpula, em Joanesburgo, o Brics anunciou um processo de expansão do bloco. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia foram convidados a se tornarem membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024.

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Segundo alguns analistas, China e Rússia trabalharam fortemente pelo crescimento do bloco como meio para reduzir o impacto do desgaste da relação com Estados Unidos e Europa ocidental devido a fatos como a Guerra da Ucrânia.

- Jean-Marc Ferré / UN

Ainda não há definição sobre como ficará o nome do bloco com a expansão. Uma das possibilidades aventadas é que passe a se chamar 'Brics Plus'.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil

A entrada da Argentina no bloco virou mais um ponto de tensão eleitoral no pais, que escolherá seu novo presidente em 22 de outubro.

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Enquanto o presidente Alberto Fernández comemorou a novidade, os dois candidatos de oposição se posicionaram contrários à adesão.

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O controverso direitista Javier Milei, que liderou as primárias eleitorais, se posicionou de forma enfática: “Não vamos nos alinhar com comunistas”.

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