História

Folclore brasileiro: Principais lendas na diversidade cultural do país


Por Flipar
Imagem de Guilherme Alvim por Pixabay

Boitatá - Tem variações, dependendo da região do país. Mas, versão original do povo tupi-guarani, é uma cobra de fogo que protege a mata e tem o poder cegar as pessoas ao fazer contato visual.

Reprodução do site my-bestiario.fandom.com/pt-br/wiki/Boitatá

Boto Cor de Rosa - Lenda da região Norte, principalmente na Amazônia, onde o boto vive nos rios e igarapés. De acordo com a narrativa, o animal busca a civilização, no período da noite.

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Ele transforma-se em homem, que seduz mulheres. Assim, quando não há indícios a respeito da ligação paterna de uma criança, o habitual é chamá-la de ‘filha do boto’.

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Cuca - Mito cuja fama se expandiu pelo Brasil inteiro no 'Sítio do Pica-Pau Amarelo', livro de Montero Lobato que inspirou série infantil de TV. Trata-se de uma bruxa no corpo de um jacaré, com unhas grandes e voz assustadora.

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A narrativa foi criada para assustar crianças que não obedecem aos pais. A música “Nana neném que a Cuca vem pegar…” é bastante popular.

Monteiro Lobato wikimedia commons

Caipora - Protetor da mata e dos animais. Se perceber a presença de caçadores, a figura indígena emite uivos intensos e altos para espantá-los. Pode ser menino ou menina, de cabelos vermelhos.

Jakared wikimedia commons

Curupira - Defensor da fauna e da flora. Ele também confronta quem, de alguma forma, tenta prejudicar as florestas e os animais.

LY Coisas e Coisinhas wikimedia commons

Como possui os pés virados para trás, a sua estratégia principal é confundir seus oponentes com as pegadas.

Vini Mania Estúdio Wayne-WikimediaCommons_resized

Iara ou Mãe D’água - Lenda do povo Tupi. Jovem de extrema beleza, que causava inveja, inclusive dos irmãos, que tentaram matá-la.

Newton Cavalcanti wikimedia commons

Ela se vingou e, após a morte dos irmãos, seu pai a jogou no rio. Os peixes a salvaram e ela virous sereia.

The ponta cabeça-WikimediaCommons

Lobisomem - Surgiu na Europa e foi absorvido pelo folclore brasileiro. Homem durante o dia vira uma besta sedenta por sangue à noite, como um lobo, uivando e provocando terror.

Imagem de Seth Metoyer por Pixabay

Em alguns locais, criou-se o mito de que crianças não batizadas podem enfrentar essa maldição.

Reprodução do site cronica.com.py/2019/01/22/vieron-la-cara-del-luiso-fotos-del-eclipse/

Mula sem cabeça - Diz respeito a uma maldição que caiu sobre uma mulher após iniciar um namoro com um padre. Assim, na virada de quinta para sexta-feira, ela se transforma no animal – originado pelo cruzamento do jumento com égua.

Reprodução Blogspot Lendas Folclóricas

Do pescoço para cima, labaredas de fogo ocupam o lugar onde haveria a cabeça. Segundo a lenda, quando vira a mula, a mulher galopa por ruas próximas a igrejas, causando medo em que se depara com ela.

Orsetto Gommoso 2 / Wikimedia Commons

O “Negrinho do Pastoreio” é uma típica lenda da região Sul do Brasil, com raízes africanas e cristãs. Isso porque a trama tem como protagonista um menino negro e escravo, que foi acusado injustamente pelo sumiço de um cavalo do seu patrão. Aliás, o jovem foi obrigado a voltar ao pasto para recuperá-lo.

Jakared / Wikimedia Commons

Como não encontrou, ele foi colocado dentro de um formigueiro para passar a noite. Ao acordar estava sem ferimentos e ao seu lado apareceu uma santa, a Virgem Maria, que o ajuda a achar o animal. As pessoas que perdem algo acendem uma vela pedindo a auxílio da figura para reaver os pertences.

Aldo Locatelli - wikimedia commons

O Saci-Pererê é mais um exemplo de mito com origem indígena, no caso inventado pelo povo Tupi-Guarani. Este é um dos personagens folclóricos mais famosos do país e refere-se a um garoto negro, com apenas uma perna, que veste um short e gorro vermelho, além de um cachimbo.

ars351 wikimedia commons

A propósito, os dois últimos itens lhe concedem poderes mágicos. O principal divertimento do Saci é pular ou voar no redemoinho por aí e fazer pegadinha com as pessoas deixando-as confusas e perdidas. Além de esconder seus objetos, que provavelmente não serão mais vistos.

Marconi wikimedia commons