A mulher estava sentada na varanda, tomando café com uma amiga, quando sentiu um impacto nas costas. Ela entregou o objeto a um geólogo e ele disse que, numa observação preliminar, dificilmente seria um meteorito.
As características do objeto que atingiu a francesa, com bolhas e superfície irregular, causam a suspeita de que possa ser uma rocha vulcânica, da Terra mesmo.
Agora, astrônomos também afirmaram que o objeto não parece um meteorito. Eles explicaram os meteoritos derretem parcialmente quando entram na atmosfera terrestre por causa da alta temperatura e não ficariam com pontas, como o objeto que atingiu a mulher. É como se fosse um bloco de gelo que, ao derreter, fica liso.
Além disso, segundo o astrônomo François Colas (foto), quando meteoritos caem, a velocidade deles é tão alta que o objeto deveria ter danificado o telhado (o que não ocorreu).
François Colas disse também que um meteorito não passaria despercebido, pois estaria brilhante, com magnitude - 15, e muitos pesquisadores ficam de olho nesta época do ano. Além disso, o observatório francês já declarou que nada foi detectado.
Meteorito é um objeto originário do espaço, rochoso, assim como um cometa, asteroide ou meteoroide. Ele passa pela atmosfera e por isso pode atingir a superfície.
Como os oceanos ocupam 70% da Terra, a NASA destaca que, das 50 toneladas de material meteorítico que caem no planeta diariamente, grande parte acaba no fundo do mar.
Segundo especialistas, além do mar, meteoritos também caem com alguma frequência (e, neste caso, são achados) em áreas desérticas.
Michael Reynolds, autor do livro “Estrelas cadentes: um guia sobre meteoros e meteoritos”, afirmou que é mais provável que alguém seja atingido por um raio, furacão e tornado ao mesmo tempo do que por um meteorito.
O único caso comprovado de uma pessoa que foi atingida por meteorito ocorreu nos Estados Unidos, há quase 70 anos.
Ann Hodges tirava um cochilo na sua casa, localizada em Sylacuga, no Alabama, até que acordou com uma pancada no quadril, e reparou que a sua residência estava esfumaçada e danificada.
A casa estava com um grande buraco no teto, e depois de avistá-lo, Ann viu a rocha preta de 3,5 kg, que quebrou o telhado e a atingiu. Imediatamente, ela entrou em contato com a polícia.
Um geólogo do governo foi junto com as autoridades para identificar a rocha, e comprovou que se tratava de um meteorito.
O governo americano determinou que autoridades da Força Aérea comprovassem que não havia sido algum ataque soviético, pois os dois países se encontravam no período da Guerra Fria.
De acordo com um depoimento guardado pelo Museu de História Natural do Alabama, Antes do meteorito atingir a casa dos Hodges, alguns vizinhos o avistaram no céu.
“Era uma luz brilhante, meio vermelha, e soltava muita fumaça. Como se fosse uma bola de fogo. Quando colidiu com a casa, ouvimos uma explosão, e depois uma fumaça marrom subiu”, afirmou uma vizinha.
O acontecimento trouxe fama para a família, e, assim como a mulher francesa, Ann não teve feridas graves. Em depoimento ao Museu de História Natural, a americana levou o acontecimento para o lado religioso.
“O meteorito é meu. Sinto que Deus queria que ele chegasse até mim, até porque foi a mim que ele acertou”. Em 1972, 18 anos após o acontecimento, Ann faleceu. O meteorito foi doado para o Museu de História Natural do Alabama.