A ave marinha despertou muita curiosidade, cativou banhistas e recebeu o apelido de Zé.
Horas depois, porém, o gracioso animal foi encontrado morto.
Segundo postagem do Instituto Mar Urbano, a causa provável da morte de Zé foi a ingestão de um peixe baiacu.
'Infelizmente, Zé o pinguim estava com fome e acabou caçando um baiacu, o que provavelmente o levou à morte momentos depois', diz o texto.
O baiacu é uma espécie de peixe com potencial muito tóxico para outros animais.
Zé pertencia à espécie pinguim-de-Magalhães, que se desloca com frequência para a costa brasileira durante o inverno.
Ele aparece com certa frequência no litoral brasileiro, em especial de Santa Catarina, entre junho e setembro.
Os pinguins-de-Magalhães partem da Patagônia, no Sul da Argentina, atrás de alimento.
A espécie foi batizada com esse nome por ter sido o explorador português Fernão Magalhães o primeiro a tê-la avistado, em 1520.
O pinguim-de-Magalhães vive em bandos e pode atingir a velocidade de 25 km/h quando está nadando.
Em média, a espécie mede 70 cm de altura e o peso varia entre 4 e 6 quilos.
Entre os meses de setembro e fevereiro é o período em que ocorre sua reprodução, com os ninhos formados no chão ou em pequenas tocas.
Os pinguins-de-Magalhães jovens, como era o caso de Zé, têm penas de coloração cinza e branca. Isso acontece porque ainda não ocorreu a muda.
Já os mais velhos apresentam uma plumagem com tons de preto e branco.
Os filhotes da espécie são alimentados pelos pais por aproximadamente dois meses e depois já ficam independentes.
A expectativa de vida do pinguim-de-Magalhães é de 10 a 12 anos, caso não sejam abatidos por fenômenos trágicos como um ocorrido no litoral de Santa Catarina em 2022.
Dos pinguins encontrados na praia, apenas 24 estavam vivos. A contagem foi feita pela Associação R3 Animal.
De acordo com o Projeto de Monitoramento, os pinguins sofrem mais que outras aves para escapar das ondas fortes porque não voam. Por isso, acabam morrendo afogados.
O pinguim-de-Magalhães tem asas que se adaptaram para dar impulso na água. Mas, quando o mar está muito revolto, esse recurso não é suficiente.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que monitora o clima no estado, disse que as rajadas de vento na ocasião passaram de 100 km/h.